sábado, 31 de maio de 2008

Agora, sim


Como foi falado aqui no Depois do Lance (clique aqui e leia o texto), no dia 8 de maio, a chama representante do espírito olímpico estava tendo seu real sentido deturpado.

Pois a China, dessa vez, utilizou corretamente a tocha olímpica.

Hoje, uma homenagem silenciosa foi feita para as vítimas chinesas dos recentes terremotos ocorridos no país.

Diminuíram pela metade o percursso da tocha, cancelaram as cerimônias de abertura e fechamento do evento.

Tudo muito singelo, tudo muito decente, tudo muito justo.

Palmas para a organização dos Jogos de Pequim.

Qualquer ação humanitária, qualquer ação em prol da humanidade, toda e qualquer ação decente que envolva as olimpíadas é bem vinda.

O espírito esportivo da tocha e o espírito olímpico dos Jogos agradecem.

Usar de modo correto esses conceitos, frequentemente maculados, é um grande passo para a realização de grandes Jogos em Pequim.


crédito da imagem: Globoesporte.com


sexta-feira, 30 de maio de 2008

Sem nada na cabeça


Craque perde pênalti? Claro, são humanos.

Craque chora? Como não? Pergunta besta.

Craque joga mal? Infelizmente, sim.

Craque tropeça na bola? Por mais incrível que possa parecer, sim. Culpa do gramado, sempre!

Craque abandona o time em um momento difícil? Não.

Nesse último caso o jogador não é craque, apenas, talvez - quem sabe?-, um aspirante a craque, nada mais que isso.

Toma jeito, Edmundo!

crédito da imagem: Márico Iannaca/Globoesporte.com


quinta-feira, 29 de maio de 2008

Carta ao Pai e ao herói

Pai do Céu, perdoai esses Seus filhos cujos pensamentos são tão terrenos, cujas cabeças são tão fúteis que se tornam, pouco a pouco - salva a esperança dos tolos -, incapazes de se reconhecerem como mortais frente aos hérois, também terrenos é verdade, mas esses sim, tão perto (!) da imortalidade.

Fazei, Pai, com que as cabeças e os pensamentos de Seus filhos se voltem (nem que seja por poucos momentos) para a figura de seus heróis. Que sejam mais humildes, que sejam sabedores da grandeza dos outros, Pai.

Ajudai-vos.

...

A dívida que os brasileiros temos com Gustavo Kuerten é algo sem fim.

Guga, meu bom, há de chegar o dia em que sentarás em seu trono heróico, em que sentirás em seus devotos o carinho que lhe és de direito.

Ei de ser, meu Pai - e esse blogueiro fala por todos que sabem de suas falhas -, mais atento aos meus heróis.

Serei, na medida que posso, mais devoto daqueles que merecem.

Serei, tanto quanto o meu eu permitir, solidário com os que me deram tanto!

Guga, saibas que serás nosso herói para a eternidade, e, tal qual o Divino, perdoes os fracos (nós, o resto) pela indiferença terrena ao imortais, como tu.

Obs: O Guga vale dois posts sim, ok, camaradas?


quarta-feira, 28 de maio de 2008

Em terra de gigante...


O dilema de São Paulo ameaça vir à tona, também, no Rio de Janeiro. Clássicos devem ter mandantes? Os clubes que têm estádio devem se valer dele em um jogo contra um outro grande de seu estado?

Para São Paulo o dilema até (!) procede. Com o Morumbi, o Pacembu e o Parque Antártica, teoricamente, os três grandes da capital paulista têm o que podem chamar de casa.

Por vários anos - para não falar desde sempre - o Morumbi (estádio do São Paulo Futebol Clube) recebe jogos dos quatro grandes de São Paulo - o quarto, obviamente, é o Santos de Pelé, mas isso não impede o fato de serem realizados clássicos no Pacaembu e no Parque Antártica.

No entanto, os clássicos cariocas fora do Maracanã? Estranho no mínimo.

Flamengo e Vasco em São Januário para 25, 30 mil espectadores não está certo. E não se trata de algum demérito ao estádio. Simplesmente deve se levar em conta o tamanho do clássico em comparação ao tamanho do estádio.

Sim! São Januário, no que se refere à clássicos, se iguala ao campo da Gávea e ao das Larangeiras.

O direito ao mando de campo no Rio de Janeiro foi extinto apartir do momento em que o Maracanã entrou em cena. Todos os outros estádios, querendo ou não, sucumbiram, alienaram-se aos clássicos, deixando, com toda razão, com que um único gigante regesse o espetáculo.

Contudo, o Maracanã ganhou um rival. O Engenhão. Esse sim é capaz de abrigar um público digno de um confronto entre grandes do Rio.

Agora sim há um outro estádio suficientemente bom para sediar alguns (!) clássicos.

Para encurtar essa prosa, diz-se: em território de Maracanã só sendo muito grande para ganhar um certo espaço.

Que São Januário e os cruzmaltinos perdoem esse blogueiro, mas apenas o Engenhão tem essa chance - pequena é verdade - de rivalizar com o Mário Filho.

Porque cá pra nós, o Maraca é o Maraca, e ponto.

crédito da imagem: O Glogo Online


segunda-feira, 26 de maio de 2008

Eles dão a vida ao Grêmio

Eis a campanha por boas músicas. Agora, é a vez do Grêmio Foot-ball Porto Alegrense. O tricolor gaúcho e sua massa fanática formam uma dupla difícil de ser batida. O vídeo abaixo mostra bem como é essa relação:




Acompanhe a letra:

"Grêmio, eu te dou a vida
Tu é a alegria do meu coração
Dá-lhe, é o sentimento
E o que nós queremos é ser 'campeão'

Grêmio, eu te dou a vida
Tu é a alegria do meu coração"


domingo, 25 de maio de 2008

Das quadras para a história

A notícia é a seguinte: Gustavo Kuerten, o Guga, encerra a carreira após derrota, hoje a tarde, por três sets a zero para o francês Paul-Henri Mathieu, em Roland Garros.

Guga é tri em Paris. Por isso, recebeu uma homenagem do torneio: um trófeu com um pedaço da quadra central. Mera formalidade? Mera obrigação de "bom moço" da organização de Roland Garros?

Não!

Guga merece isso e muito mais (!), ainda mais em uma época em que ídolos são seguidamente esquecidos.

Estátua para Romário? Estátua pra Guga. Nada mais justo.

E como o Depois do Lance ainda engatinha no mundo esportivo, faremos referência à quem sabe realmente fazer essa coisa de jornalismo. O que ele faz em que pouquíssimas palavras, ainda fazemos em muitas e rascunhadas linhas. Há de chegar o dia em chegaremos perto desse nível:

Guga!!! por Juca Kfouri

Guga parou.

Começa a lenda.

Com quatro letras.

Como Mané.


Como Pelé.

Com G, de Ganhador.

C'est fini.

Merci.

Está tombado.

Muitíssimo obrigado.


crédito da imagem: Reuters


sexta-feira, 23 de maio de 2008

Tricolor carioca

Parceiros de rede, eis a campanha por músicas sem palavrões no futebol. Agora, pela primeira vez, falaremos de um time em específico por motivos noticiosos, e não mais por motivos aleatórios.

O Fluminense Football Club está nas semifinais da Taça Libertadores da América após derrotar o São Paulo. Jogo épico, coisa que somente o futebol pode proporcionar. Na quarta a noite, depois do jogo, todos que gostam de futebol ficaram maravilhados. Parabéns ao pessoal das Laranjeiras.

Abaixo uma música que os tricolores de Nelson Rodrigues entoam pelo Rio de Janeiro:




"Sou
Sou tricolor
Sou tricolor de coração
Vim ver o Flu
Meu grande amor
Graças a Deus sou tricolor

Vamos Fluzão
Vamos ganhar
Eu sou do Clube 30 vezes campeão
Vim pra torcer
Vim pra gritar
E por você a vida inteira vou cantar

Vamos Fluzão (vamos fluzão)
Vamos ganhar (vamos ganhar)
Eu sou do clube 30 vezes campeão (é campeão)
Vim pra torcer (vim pra torcer)
Vim pra gritar (vim pra gritar)
E por você a vida inteira vou cantar"

quinta-feira, 22 de maio de 2008

Tecnologia > esporte ou tecnologia < esporte?

Oscar Pistorius. Sul-africano. Velocista. Recordista nos 100, 200 e 400m livre.

Quem tem o direito de impedí-lo de tentar (!) disputar os Jogos de Pequim?

Quem?

Oscar Pistorius é, também, deficiente físico. Não tem ambas as pernas. Corre com próteses especiais.

Quem tem o direito de intervir tamanhamente em um sonho de uma pessoa?

O sul-africano, enfim, conseguiu uma liberação da CAS (Corte Arbrital do Esporte) para tentar índices para as Olimpíadas.

Porém, levemos em conta, agora, a discussão que norteia o caso. As próteses de Pistorius lhe dão vantagem em uma corrida? Oscar versus não-deficientes seria uma disputa justa?

Dois estudos se divergem quanto à reposta. Um, encomendado pela CAS, ano passado, diz que as lâminas de carbono das próteses, usadas por Oscar, lhe dão uma propulsão não-humana. A vantagem seria de, em torno, 30% com relação a corredores sem deficiência. Um outro estudo, feito nos EUA, diz que essa vantagem é mínima, o que não impediria o sul-africano de correr nas Olímpiadas.

Pois bem, a questão, portanto, não é se alguém tem o direito de impedir Oscar Pistorius a competir com atletas sem deficiência. Eis a real questão: qual o limite do uso da tecnologia no esporte?

Na natação: o maiô LZR Racer que, dizem os estudos, melhora a flutuabilidade do nadador; no futebol: a tecnologia, presente nas bolas, potencializa a força do chute e melhora o efeito dado pelo chutador; na Fórmula 1: a federação internacional da modalidade estuda limitar os gastos das equipes visando frear a influência tecnológica que existem nos resultados conseguidos pelos pilotos. Esses são apenas exemplos de como a tecnologia está, efetivamente, presente no esporte.

Concluindo, o sul-africano Oscar Pistorius está apto, por ora, a disputar uma vaga em Pequim.

Decisão justa?

Como dar essa reposta em um momento em que, repita-se, não se sabe qual o limite do uso das máquinas nos resultados conseguidos por seres humanos?

Maquinizar ou não maquinizar? Eis a questão.


crédito da imagem: Washington Post


terça-feira, 20 de maio de 2008

"Sou colorado até morrer"

Colegas de rede, cá estamos de novo para exaltar o bom gosto nas arquibancadas. Que bonito é ver uma torcida, seja do time que for, cantando o amor e a paixão. É a lição máxima do futebol: espalhar alegria nos estádios.

E, ao contrário do que possa parecer, existem mais apaixonados pelo esporte do que animais violentos. Lembremos disso, sempre!

O Depois do Lance contará com links dos vídeos (torcidas de futebol), aqui publicados, ao lado do texto do blog, ok, pessoal?

Pois bem, hoje, faremos referência à torcida do Sport Club Internacional, de Porto Alegre. Canto simples que reflete, nitidamente, o desejo daqueles da arquibancada. Essa é para os Colorados, àqueles que fariam de tudo pelo Inter. Abaixo está o vídeo e a letra da música:



"Sou, sou colorado até morrer
Não importa o que acontecer
Pra cima deles, meu Inter
Vamos lutar, vamos vencer"


domingo, 18 de maio de 2008

Torcida cruzmaltina

Dando prosseguimento à campanha por um futebol musicalmente mais bonito, veremos agora uma música entoada pela torcida do Clube de Regatas Vasco da Gama.

O que vale ressaltar sobre esse canto é a importância dada a um gol em específico. No caso, o gol de Juninho nas semi-finais da Libertadores de 98, contra o River Plate, na Argentina. Belo exemplo de como os brasileiros, às vezes, têm a decência de reverenciar seus ídolos.

Abaixo o vídeo com a torcida do Vasco:



Para facilitar a compreensão da música, aqui vai a letra:

"Vou torcer pro Vasco ser campeão
São Januário, meu caldeirão


Vasco a tua glória é a tua história
É relembrar o 'expresso da vitória'
Contra o River Plate, sensacional
Gol do Juninho, monumental"

sábado, 17 de maio de 2008

Campanha pelo bom gosto no futebol

Começa hoje, aqui no Depois do Lance, uma campanha em prol das músicas de bom gosto. Não quaisquer músicas, e sim aquelas cantadas pelas torcidas de time de futebol. Mostraremos vídeos com as torcidas cantando e também transcreveremos as letras dos cantos.

Sabemos que a abolição dos palavrões nos estádios, além de ser uma tarefa dificílima, é algo desnecessário. Afinal de contas, o torcedor vai ao estádio para estravazar suas aflições. Um jogo de futebol é como uma sessão de descarrego, algo que se faz para lavar a alma. Os palavrões continuarão, não terá jeito. Mas há de ser ter o mínimo de bom gosto.

Começaremos com o campeão mineiro de 2008: o Cruzeiro Esporte Clube.

Abaixo está um vídeo no qual a torcida cruzeirense enche os pulmões para exaltar o time mineiro:



E aqui vai a letra:

"Vamos, vamos, Cruzeiro
Vamos, vamos a ganhar
Vou aonde você for
Só pra ver você jogar

Com coração, com muito amor
Cruzeiro o mais querido do Brasil"


sexta-feira, 16 de maio de 2008

"A minha torcida é aquela lá"

Camaradas virtuais! Eis aqui, nesse post, uma exaltação ao futebol. Nada de gancho noticioso, nada de factualidade (somente dessa vez, prometemos!). Estória rara, que deve ser passada adiante.

Um pai leva seu filho ao estádio de futebol pela primeira vez. Ao entrar pelo túnel principal que dá acesso às arquibancadas, pai e filho se agigantam.

Sob um toque divino, atrasados que estavam, assim que avistam o campo de jogo, presenciam um gol. O pai, torcedor do time que sofreu o gol, diz, cabisbaixo, ao filho: "Vamos, nossa torcida está logo alí. Vamos garantir um lugar pra sentarmos".

O filho, de olhos arregalados, contempla incrédulo a torcida adversária. Jamais, em seus poucos anos de vida, havia visto tamanha grandeza, tamanha imponência.

Daí em diante, o que se segue são fatos dos quais o pai leva consigo até hoje, os guarda como cicatrizes marcadas no meio do peito.

O filho diz ao pai: "Não, papai. Minha torcida não é essa aqui. A minha torcida é aquela lá". E aponta para o lado oposto do estádio.

A massa pulsante que, em uníssono, berrava lindamente, embasbacou até mesmo o velho pai.

Pai e filho se sentam, mudos. O jogo acaba e eles voltam pra casa.

Depois desse dia, pai e filho passam a se respeitar ainda mais, porém sentam-se em lados opostos no estádio.

Quem é o pai, quem é o filho, quais são os times e qual foi o resultado do jogo são perguntas irrelevantes. O que deve ficar na cabeça e qual a lição dessa estória são questões bem mais importantes a se colocar.

Iniciar uma criança no mundo do futebol tem que ser feito dentro de um estádio. É lá que se passa, de pai pra filho, não o amor pelo time de coração, e sim, com toda fidelidade possível, o que é o amor ao futebol.

Mas agora, trocando em muídos... Que bom seria escolher seu time de coração em uma situação como esta! Nessas horas a inveja é permitida aqui no Depois do Lance.

E, verídica que é essa estória, ela, simplesmente, faz com que esse blogueiro sinta mais vontade em tocar a vida com o futebol ao seu lado.

quinta-feira, 15 de maio de 2008

Nota sobre a Rebeca


Como foi dito aqui no Depois do Lance no post Fazer justiça é com a Justiça, de dois dias atrás, a nadadora Rebeca Gusmão está sendo processada pela FINA por doping e fraude.

Pois bem, em um dos processos, a Justiça já deu o seu parecer.

Rebeca foi considerada culpada no processo na qual era suspeita de uso de testostenora (hormônio masculino) durante as competições dos Jogos Pan-Americanos do Rio, ano passado. A sentença dada se refere à suspenção por dois anos da atleta, a contar apartir de novembro de 2007, data na qual Rebeca havia sido preventivamente suspensa.

À decisão cabe recurso. O advogado de Rebeca, Breno Tannuri, promete apelar à Corte Arbitral do Esporte e tentar, com isso, fazer com que Rebeca esteja possibilidade de participar dos Jogos de Pequim, no meio do ano.

"Vamos seguir tentando. Se a duas horas da Olimpíada ainda tivermos alguma chance de reverter, vamos recorrer.", disse Tannuri.

Apesar dessa derrota, mais pode estar por vir. Ainda falta a decisão sobre o processo em que Rebeca é acusada de fraude. Ou seja, o calvário da moça ainda pode ter capítulos não tão bons para o seguimento de sua carreira.

Nos cabe, em horas como essas, respeitar a decisão da Corte e aguardar a tal apelação prometida pelo advogado da atleta. E - porque não ? - torcer, por mais que saibamos que a Justiça é quem cuida de dar justiça às coisas humanas, para que não percamos uma provável medalhista em Pequim.

Nunca é demais lembrar: fazer justiça é com a Justiça.


crédito da imagem: Agência Estado


quarta-feira, 14 de maio de 2008

Racistas, tolos e sabe-se lá mais o que


Quando se pensa em futebol, àqueles sujeitos bons da idéia surge uma noção, por mais inconsciente que seja, de interação.

O esporte, não só o futebol, tem em si a capacidade de agregar, tem o dom de trazer à tona sentimentos dos mais nobres.

Esporte combina com alegria, com competição, com vida e saúde. No entando, há coisas com as quais o mundo esportivo não deve conviver, aliás, com as quais o mundo como um todo não deve conviver.

Exemplo? Pois aí vai. Em pleno século vinte e um e 60 anos após a assinatura da Declaração Universal dos Direitos Humanos, eis que um clube de futebol russo, através de seu técnico e sua torcida, se acha no direito de se colocar alheio ao princípio da igualdade. Nega-se a contratar jogadores negros para a equipe.

A coisa é o Zenit, clube comandado pelo presidente da Rússia, que acaba de se tornar Campeão da Copa da Uefa. O técnico é o holandês Dick Advocaat. E a torcida está exemplificada pelo selvagem - para não dizer mais - na foto acima. Abaixo uma declaração do técnico do clube ao portal espanhol 20 minutos:

"Não quero negros no meu time porque meus torcedores não querem. Honestamente, não entendo por que eles prestam tanta atenção na cor da pele." Ora! Então, simplesmente concluindo, diz-se: racistas são os tais da arquibancada, não o Dick.

Não! Quem tem pacto com racistas, racista o é, de fato.

A bestialidade não tem fim. Incrível como em um campeonato europeu de ponta podem existir situações como estas. Ainda mais em um continente em que o regime nazista nasceu, onde uma guerra foi travada em prol da liberdade de vários, inclusive dos negros. Inacreditável. Inconcebível.

Que bem trás ao esporte sujeitos como estes? Bem trás à humanidade animais como estes?

Pensemos por um instante... futebol sem negros? O esporte sem negros? Isso é negar todo um passado. Isso é negar, entre outros: Pelé, Zizinho, Djalma Santos, Aleônidas Diamante Negro (!) da Silva... pra ficar somente no Brasil. Deus do céu, imaginem só um Diamante Negro jogando lá? Pandemônio na certa.

Além de racistas, esses sujeitos são tolos demais.

Obs: O técnico Dick Advocaat pediu três reforços negros para a equipe para a próxima temporada. Alegando que os brancos não têm o "a mais" futebolístico dos negros. Quer dizer que, além de racistas e tolos, se mostram hipócritas esses sabe-se lá mais o que?

crédito da imagem: Reuters


terça-feira, 13 de maio de 2008

Fazer justiça é com a Justiça



Todos são culpados até que se prove o contrário ou todos são inocentes até que se prove o contrário? Fato jurídico e constitucional somente a segunda possibilidade.

O fuzuê, para não dizer circo, feito com o caso Isabella, por parte da grande imprensa, é um claro exemplo de como se faz justiça antes mesmo de a Justiça dar seu parecer. Fazer justiça é com a Justiça!

Partindo desse ponto, diz-se, com toda cautela e imparcialidade possível: Rebeca Gusmão é apenas suspeita em, agora, dois processos movidos pela FINA, nos quais é indiciada por doping e fraude. Fala-se em dois processos porque em um outro, que estava nas mãos da Corte Arbitral do Esporte (CAS), Rebeca terá, provavelmente, sua acusação de doping retirada. A corte considerou-se incapaz de julgar a apelação movida pela FINA por falta de jurisdição.

Rebeca é, por enquanto, supeita e não culpada aos olhos da Justiça. Assim como o casal é, por enquanto também, supeito de assassinar a menina Isabella. Ambos suspeitos. E entenda-se suspeitos como, nesses casos, réus que não obtiveram, ainda, o parecer da Justiça sobre suas acusações.

Com relação ao pai e à madrasta da menina, ao que tudo indica, não se beneficiarão de habeas corpus referente ao mandado de prisão preventiva da semana passada.

Depois do Lance é esporte e não blog de assuntos policiais. Por isso, voltemos à Rebeca.

A nadadora, ontem, declarou-se inocente mais uma vez. Disse que apesar de ter dois índices para Pequim, fora o revezamento, irá, se for inocentada nos dois processos restantes na qual é supeita (!), nadar apenas os 50m livre. E completou: "Eu vou para essas Olimpíadas sim, e vou trazer uma medalha para o Brasil, sim."

Cá entre nós, internautas, se essa nadadora, suspensa preventivamente desde o final do ano passado, for inocentada nos derradeiros processos; se essa atleta tiver seus índices novamente aceitos; se essa brasileira, depois de tudo o que anda acontecendo a ela, for aos Jogos e conseguir uma medalha, seja ela qual for, teremos, todos, que ter a decência de aplaudí-la.

E sempre lembrando: a Justiça ainda não deu seu parecer. Rebeca Gusmão ainda não é culpada, e sim inocente. Mas convém aguardar.


Da Roma Antiga para a América Latina

(por FLÁVIO LOBO, do blog Meu palanfrório)

Não posso me furtar a fazer um comentário nestas bandas de cá, cujo endereço esportivo está sendo tocado com esmero pelos parceirinhos Gabriel e Pedro, que me dão o prazer de estarem na mesma sala de aula deste, também, blogueiro, que aqui gasta algumas palavras, tentando corresponder o convite à altura.

Pois bem, parceiros, escrevo aqui sobre o momento épico do futebol latino-americano. O ápice dos nervos à flor da pele. A cobiça desesperada dos clubes futebolísticos, a paixão suprema do público que, como a maioria de nós, brasileiríssimos, é apaixonado por futebol: a Copa Libertadores da América.


A competição está no mata-mata. Salve-se quem puder!

Nas arenas latino-americanas, quando está rolando uma batalha de Libertadores, não há o mínimo sinal de dó, muito menos piedade! Digo isto porque, como na Roma Antiga, os onze gladiadores mais fracos são liquidados barbaramente pelos vencedores, e é sangue para todo lado, sem misericórdia, afinal de contas, é Libertadores, pô!

Com a alma na ponta da chuteira, permita-me, da espada, os gladiadores guerreiam por seu objetivo em comum: triunfar. Para delírio da platéia, aos gritos, aplaudindo de pé cada golpe, cada corpo no chão, e não se preocupando se é um carrinho, ou se é um cadáver, eles querem é ver sangue, querem gana, querem gritar. E gritam! O delírio máximo da platéia chega quando eles gritam algo parecido com: GOOOLLL. E dá-lhe corpos ao chão, gramado ensangüentado, mas público satisfeito! Pelo menos para a metade do estádio (leia-se coliseu) que torcia pelo time dos onze gladiadores vencedores, seja esse triunfo merecido ou não, porque em uma batalha de Libertadores é assim, qualquer descuido pode ser fatal, e pode custar cabeças, pode custar o ano, e, geralmente, acaba custando vidas!

Se por um lado, a parte derrotada encontra-se com onze corpos estendidos no sangrento gramado do coliseu, cabeças decepadas e o ano sem mais muito sentido para aqueles pobres torcedores que levam o entretenimento tão a sério, e deixam até de comer para assistir àquela batalha, o lado dos vencedores encontra-se em uma festa que só! Os gladiadores são aclamados pelo público, que gritam seus nomes, gritam que amam a equipe e, satisfeitos, reconhecem os esforços de seus guerreiros, que arriscaram suas vidas para satisfazê-los!

Triunfantes mitológicos gladiadores imortalizaram seus nomes em épicas batalhas desta apaixonante Copa Libertadores da América. Exemplifico aqui com nomes de guerreiros, como: Pelé, Zico, Renato Gaúcho, Raí, Rogério Ceni, Felipão e Marcos. Só para ficar com alguns vitoriosos sobreviventes, que hoje possuem um repertório amplo de histórias para contar.

Mirando-se no exemplo destes mitológicos guerreiros acima citados, sem mais delongas, concluo que, para triunfar nos gramados coliseus de nossa América Latina em uma batalha de Libertadores da América, não basta ter talento, não basta ter força. Um algo a mais é necessário para levar o público ao céu e o adversário ao chão: é necessário ter espírito de gladiador.


O Depois do Lance termina o post apenas fazendo referência à última frase do texto e perguntando o seguinte: a carapuça serviu a alguém?


domingo, 11 de maio de 2008

Massa à turca



Vivemos em uma época em que Senna é Bruno e Piquet, um Nelsinho, ambos jovens em busca de
seu espaço.

Vivemos em uma época onde o "circo" da F1 atinge novos mercados.

Vivemos em uma época em que (quem diria?) Rubens Barrichello é o recordista em número de grandes prêmios corridos.

Vivemos em uma época de entressafra de nossos pilotos. Será?

Esse blogueiro confessa: ao analisar a tabela de classifição do Mundial de Pilotos da Fórmula 1, a uns dias atrás, concluiu que a época era de massa. Massa à turca.

Por pura ignorância automobilística, quem vos fala não havia atentado para o fato de Felipe Massa ser bicampeão do GP da Turquia. Pois bem, sabendo disso, a profecia nasceu: Massa na veia! Dito e feito. O tri veio.

Felipe, que também foi o Pole Position na Turquia, agora está em segundo na classificação, com 28 pontos, à frente de Hamilton (com os mesmos 28 pontos), e atrás apenas de Raikkonen, com 35.

Vivemos em uma época de entressafra de nossos pilotos. Será?

Fato é que vivemos em uma época em que Senna atropela um desavisado cachorrinho (devido à sérias falhas de segurança no autódromo de Istambul), que vivemos em uma época em que não há Schumachers, e que vivemos em uma época em que Massa é o terceiro piloto a conseguir três vitórias consecutivas em um mesmo GP.

E ainda. Será que, realmente, vivemos em uma época de entressafra de nossos pilotos?

Fica a sensação (aí sim, uma probabilidade mais concreta) de estarmos vivendo a época na qual Felipe Massa tornou-se Campeão Mundial de F1.


Obs: este blogueiro concorda com quem argumenta que automobilismo não é esporte, apesar de seu companheiro Pedro pensar diferente. Todavia, o Depois do Lance é um blog que enxerga o lado esportivo das coisas. Portanto, não poderia ignorar o fato de um brasileiro estar na briga para se tornar campeão mundial, seja na disputa que for.

crédito da imagem: AFP


sexta-feira, 9 de maio de 2008

Mais natação


Nessa sexta-feira, o revezamento feminino dos 4x100 medley quebrou o recorde sul-americano com supreendentes 4m04s08. Nas piscinas cariocas do Maria Lenk, Fabíola Molina, Tatiana Sakemi, Gabriella Silva e Tatiana Lemos Barbosa nadaram sozinhas na tentativa de alcançar uma vaga para os Jogos Olímpicos. E, por enquanto, conseguiram. As meninas estão com a derradeira décima quarta vaga, deixando o revezamento belga de fora.

A equipe brasileira ainda pode ser ultrapassada pois ainda existem provas classificatórias aos Jogos. Mas, com a confiança lá em cima, elas tantarão os índices para os 4x100 livre e 4x200 livre.

Ainda com relação às meninas, Gabriella Silva, que nada borboleta no revezamento, voltou a ficar abaixo do índice olímpico para os 100m desse mesmo estilo. Os 59s13, conseguidos na prova, animaram Gabriella que pensa, agora, em baixar seu tempo.

Outra disputa interessante durante o Troféu aconteceu ontem a noite. Daynara de Paula e (de novo!) Gabriella Silva proporcionaram duas quebras de recordes nos 50m borboleta. Primeiro, Daynara fez 27s03, deixando para trás a marca de 27s48 de Gabriella. Duas séries depois, foi a vez de Gabriella dar o troco. Ela recuperou seu recorde sul-americano com o tempo de 26s81.

Essas meninas não deixarão por menos em Pequim. Os rapazes que se cuidem!

Falando neles...

Lucas Salatta quebrou, hoje, o recorde dos 200m costas do Troféu Maria Lenk, com 1m58s82. Já classificado para Pequim, Lucas pode ter a companhia de André Shultz cujo tempo (1m59s90) está apenas 18 décimos de segundo acima do índice.

E como não falar dele? Thiago Pereira, que abriu mão de disputar os 200m costas nas Olimpíadas, deu sinais de sua boa fase, hoje de manhã. Ele nadou os 400m livre, prova que não é especialista, e bateu o recorde da competição (3m53s62). Thiago venceu a prova na batida de mão, desbancando Rodrigo Castro e Felipe May, após ter-se classificado com o pior tempo nas classificatórias.

Quem venham as Olímpiadas!

Mas como o Depois do Lance não perde uma, não seria agora que deixaríamos de citar a declaração de Kaio Márcio, detentor dos índices para os 100 e 200m borboleta: "Antes, eu o via como um ídolo, mas competir ao lado dele me fez perder o respeito por ele." Disse ao portal UOL. Kaio se referiu ao mágico das piscinas Michael Phelps.

O blog repete: quem venham as Olimpíadas! E acrescenta: que venha Phelps!

crédito da imagem: Satiro Sodré


quinta-feira, 8 de maio de 2008

Enquanto isso lá no Everest...





A tocha olímpica, enfim, subiu o topo do mundo. O mau tempo foi superado, as adversidades geográficas ultrapassadas. A tocha chinesa esteve lá na Cordilheira do Himalaia, entre o Tibet e o Nepal. Tibet? Tocha chinesa?

O assunto parece não ter fim. Os desentendimentos políticos entre o governo chinês e o governo exilado do Tibet viraram notícia corriqueira nos jornais.

A tocha, símbolo do espírito olímpico, estaria se transfigurando? Ora bolas, o pronome "se", nesse caso, é altamente impróprio. A tocha não "vira casaca". Ela ainda é olímpica, representa a idéia grega de olímpiadas, na qual o esporte serve, com a maior nobreza, para (porque não?) o bem da vida.

A culpa é da China! Macula o espírito olímpico quem cria novo sentido ao seu símbolo maior. Ainda mais um sentido cheio de interesses políticos.

As arruaças criadas nas inúmeras cidades pela qual a tocha olímpica (ainda? ou a tal chinesa?) passou, mostram um lamentável desvio das atenções.

O Depois do Lance, como um blog de esportes, defende o lado esportivo das coisas. Dado isso, como não notar a pouca importância dada ao fato de o espírito olímpico da tocha (olímpica!) estar sendo posto de lado?

Graças ao Bom Pai, não há fortes especulações sobre novos boicotes aos Jogos. Salvo o anúncio de Maradona, no qual revela que não irá assitir às competições, nem sequer pela televisão, em solidariedade ao Tibet.

Agora, convenhamos. O que é pior? Um governo maculando o espírito olímpico? Ou Maradona tentando nos convencer que é politizado e falando que não verá os jogos nem pela TV, bem agora que o Boca avançou na Libertadores?

crédito da imagem: EFE


quarta-feira, 7 de maio de 2008

Cielo e a barreira dos 22 segundos


Mais uma vez o nadador Cesar Cielo baixou seu tempo para menos de 22 segundos na prova dos 50 metros livre.

No Troféu Maria Lenk, Cielo nadou, ontem, para 21s90 nas eliminatórias da prova, no Rio de Janeiro. Já hoje, pela manhã, atingiu 21s94, o que lhe garantiu a vitória na prova, superando Jader da Sila (22s68) e Nicolas Oliveira (22s77).

Ele foi, e ainda é, o primeiro brasileiro a nadar na casa dos 21 segundos nos 50 livre. O fato ocorreu, pela primeira vez, no Pan do Rio, ano passado. Na época ele bateu o recorde sul-americano com incríveis 21s84.

Com todos esses resultados a poucos meses das Olimpíadas, Cielo se acha, e com toda razão, capaz de baixar (ainda mais!) seu tempo. Seu objetivo é alcançar os 21s28 do recordista mundial da prova, o australiano Eamon Sullivan. Nunca se sabe. Torçamos!

Agora, cá entre nós. Ter um Thiago Pereira, dono de 9 índices olímpicos para Pequim, recordista panamericano com o maior número de medalhas de ouro em uma única edição do torneio, e ainda, de lambuja, ter um Cesar Cielo que, dia após dia, mostra que tem chances de entrar na briga, de cabeça erguida e sem dever nada à ninguém, por uma medalha olímpica, não é nada mal, não acham?

Cada vez mais as esperanças depositadas na turma da natação brasileira depois dos resultados (supreendentes para muitos, e para esse blogueiro também, porque não dizer?) conseguidos no Pan do Rio, passam a ser justificadas.

Tomara que se concretize todo esse clima de bons fluidos que se instalou em nossa natação. Quem sabe Pequim não passará a ser um divisor de águas para alcançarmos a excelência nas piscinas? Que tenhamos, depois dessas Olimpíadas, orgulho cada vez maior em dizer que somos da mesma terra de Thiagos, Césares e muitos outros!

crétido da imagem: EFE


terça-feira, 6 de maio de 2008

Enaltacendo o bom jornalismo


Na edição de outubro do ano passado da Revista Piauí foi publicada uma reportagem interessantíssima.

Opa! Mas como assim? Uma matéria do ano passado? E onde foi parar o princípio de atualidade da notícia que todo aluno aprende na faculdade? Pois então, o blog explica.

Nesse post não será feito jornalismo e sim uma abertura de espaço para (porque não?) uma justa homenagem àqueles que ainda teimam em se ater ao diferente, aos que não dizem amém à mentalidade vigente.

Voltando à referida reportagem da Piauí. Quando quem vos fala leu-a, pensou: está aí uma boa idéia de pauta. Parabéns à Natacha Maranhão!

Abaixo segue um trecho do texto de Natacha:


Extra! Extra! Flamengo Contrata Maradona!

Garrincha garante que craque dá conta do recado

Depois de mais uma temporada vitoriosa na qual foi o vice-artilheiro do campeonato, Maradona resolveu mudar de time. Agora joga no Flamengo. Poderia ter ido para o Botafogo ou — santo Deus, que os torcedores do Boca Juniors nunca saibam disso — até para o River. Só que preferiu o Flamengo.
Mas vamos aos pingos nos is: Botafogo Esporte Clube, e não Botafogo de Futebol e Regatas, o time de Garrincha e Nilton Santos. River Atlético Clube, e não Club Atlético River Plate, o grande rival portenho do Boca Juniors, time do coração de Maradona. E Esporte Clube Flamengo, e não Clube de Regatas do Flamengo, aquele da Gávea. Nada de Rio de Janeiro ou Buenos Aires. Estamos em Teresina. Foi só terminar o último jogo da temporada, que culminou com a queda do Esporte Clube Flamengo para a segunda divisão, que Everaldo Cunha, presidente do rubro-negro piauiense, correu para conversar com o craque canhoto, autor de pelo menos 200 gols, segundo as contas do próprio artilheiro. (...)

Para quem quiser conferir, na íntegra, a reportagem de Natacha Maranhão, o link é o seguinte:

crédito da imagem: Revista Piauí

segunda-feira, 5 de maio de 2008

Em tempo

Publicamos que o Flamengo possui 30 títulos estaduais, assim como o Fluminense. Esta seria uma verdade absoluta se não fosse o fato que o título tricolor do Campeonato Carioca de 2002 estar sob júdice.




Para a Federação do Estado do Rio de Janeiro o Fluminense tem apenas 29 títulos estaduais confirmados, sendo, portanto, o Flamengo, desde ontem, o maior vencedor da história dos campeonatos cariocas.

Porém, vale ressaltar o seguinte: assim como a CBF não reconhece o penta-campeonato do mesmo Flamengo, conquistado em 1987 (a chamada Copa União) e assim mesmo "o mais querido do Brasil" é, acertadamente, considerado por todos - pelo menos por aqueles que pregam a justiça - , o primeiro a conquistar cinco títulos nacionais, seguindo os mesmos princípios, apesar da Justiça não ter dado o seu parecer sobre a ação movida pelo Bangu (o clube reclama da não-validação de um gol na semi-final de 2002, contra o próprio Fluminense), o clube das laranjeiras é, de modo justo, o primeiro a chegar a marca de 30 títulos cariocas.


crédito da imagem: FERJ


Enfim terminam os estaduais!

Já temos os campeões estaduais de 2008. Com raras surpresas os regionais deste ano revelaram a supremacia dos grandes, mais uma vez!

O Palmeiras encerrou um jejum de 12 anos sem conquistar o campeonato de São Paulo. A vitória, mais do que anunciada, sobre a Ponte Preta nas finais serviu para confirmar o Palmeiras como um dos bons times que entram no Brasileiro como candidatos ao título.

Em Minas, após uma goleada surpreendente em cima do Galo no primeiro jogo, o Cruzeiro sagrou-se campeão com todos os méritos. Resta ao Atlético se concentrar na Copa do Brasil (tem o Botafogo pela frente nas quartas-de-final) e se atentar para o início do Brasileiro. Já o Cruzeiro, desde o término do primeiro jogo das finais mineiras, com toda razão, dada a goleada, foca o confronto com o Boca Juniors pela Copa Libertadores, no meio de semana.

O Campeonato Gaúcho de 2008 pertence ao Internacional de Fernandão, Alex e companhia. Os 8 a 1 em cima do Juventude mostraram que o time de Abel Braga tem um futuro próspero essa temporada e que as três derrotas desse ano para o rival de Caxias do Sul foram meros tropeços.

No Rio, o Flamengo conseguiu igualar os trinta títulos estaduais conquistados pelo Fluminense com o segundo campeonato seguido vencido em cima do Botafogo. Os 3 a 1 de ontem mostraram a força da “tropa de elite” de Joel Santana em jogos decisivos.

Já nesta próxima quarta-feira, Cuca e seu Botafogo têm um difícil confronto com o Galo pelas quartas da Copa do Brasil. Reedição do polêmico confronto do ano passado, também pela Copa do Brasil.

O Flamengo, por sua vez, tem a chamada “bába” nesta quarta-feira contra o já, quase, morto América do México pelas oitavas-de-final da Libertadores, no que será o último jogo de Joel Santana no comando técnico da equipe. Caio Júnior, ex-Goiás, Palmeiras e Paraná, será apresentado amanhã na Gávea.

Em Pernambuco, o Sport é o campeão de 2008, tornando-se tri-campeão estadual. O empate de 1 a 1 com o Central na última quarta-feira garantiu o título. O técnico Nelsinho Batista, que agora torce pela renovação de contrato de Romerito, um dos bons da equipe, tem tudo para levar o Sport a uma boa campanha no Brasileiro desse ano.

O campeão de 2008 em Santa Catarina foi o Figueirense. Com gol de Bruno Santos, na prorrogação do jogo final contra o Criciúma, o Figueira conquistou seu quinto estadual nos últimos nove anos.

O Vitória marcou sua volta a divisão de elite do futebol com a conquista do Campeonato Baiano. A goleada de 5 a 1 sobre o Itabuna garantiu, no saldo de gols, a vantagem sobre o rival Bahia para assegurar o primeiro lugar no quadrangular final. Agora, cá pra nós, que bom seria se no lugar do saldo de gols, fosse a realização de, neste caso, um Ba-Vi o critério decisivo para se conhecer o campeão de 2008.

A única decisão que não terminou como manda o figurino dos grandes foi em Goiás. O Itumbiara, de PC Gusmão, ganhou seu primeiro título estadual em 38 anos de história. Na final derrotou o Goiás de Paulo Baier, que, assim como ano passado, amarga o vice-campeonato e agora espera melhores ventos no Brasileiro que está por vir.