quarta-feira, 17 de setembro de 2008

E eles entram na última reta!


O Campeonato Brasileiro desse ano está desenhado. As coisas parecem bem claras: quem disputa o que na tabela. Os possíveis rebaixados, os candidatos ao canequinho nacional, e para quem vão as vagas nas competições sul-americanas.

Escancarou-se tudo.

N0 fim de semana, o São Paulo tirou o Flamengo da disputa pelo título, inegável; o sinal de alerta para os gremistas acendeu; o Palmeiras mostrou-se galopante em direção à primeira posição; os vascaínos começaram a coçar a cabeça, o rebaixamento está logo ali, assim como para o Fluminense; o Internacional deu sinais de recuperação, tardia é verdade; o Botafogo perdeu a chance de botar a cabeça por sobre os ombros do Grêmio, e parece que ficará nisso mesmo, disputando a vaga na Libertadores.

E por aí vai.

Ainda temos o Ipatinga acenando para a possibilidade de virar uma dor de cabeça para os outros competidores da parte de baixo da classificação; a estonteante recuperação goiana e o forte desejo do Galo³ em se firmar como candidato à queda para a segunda divisão.

O blá, blá, blá de que o título estaria no papo desse ou aquele - desde a época em que o Flamengo liderou, até agora, momento de egemonia dos gaúchos do Grêmio - está prestes a cair por terra.

Parece que ninguém aprende mesmo. São rodadas à fio, campeonato longo. Dureza total.

Bater o pé, dizer faltamente que o Fulano será campeão, e que o Sicrano será aquilo ou aquilo outro é coisa precipitada.

Fato mesmo, só a situação que se repete ano após ano: somos bastante nivelados futebolisticamente. Não há como negar. Grêmio, 1, Goiás, 2 prova isso. Assim como o fato do embalado Botafogo ter perdido para o Internacional, no Rio. O 1 a 2 mostrou que um time em crise, ou caminhando para uma, tendo um quarteto diferenciado¹, pode ganhar fora de casa, mas ao mesmo tempo é bem capaz de ficar apenas no meio da tabela.

O nosso futebol é assim. Cai, levanta; sobe e desce; vem e vai. A alguns anos, salve os raros e diferentes² que surgem de tempos em tempos, é assim.


¹ O Internacional tem em seu meio-campo coisas como o Alex, Guinazu - esse deu chapéu, caneta calcanhar e tudo mais no fim de semana - e D`alessandro. E no ataque, o absurdamente rápido Nilmar. O Botafogo, ainda que jogando no Engenhão, sentiu como é difícil enfrentar esse quarteto em um dia inspirado. Veja aqui o gol, bem bonitinho aliás, que D`alessandro fez.

² Cabeças pensantes raream cada vez mais, em todas as áreas. Em campo a coisa é mais dramática ainda. Difícil ver um cara que realmente pense com a bola, até mesmo sem ela. Alguém que faça o jogo parar, ou pelo menos que pareça estar mais lento. Aqui e acolá vemos um lampejo, um respiro, vestígios de alguém que faça isso aqui na nossa terra. Mas não basta. Quero mesmo um Kobe Bryant chutador de bola, isso sim! Veja abaixo esse monstro em um comercial de TV.



³ Esse ano é o ano do centenário do Atlético-MG. E para quem quiser ficar por dentro dessa história, mais especificamente sobre o título do Galo no Brasileiro de 1971, aí vai a dica: galocentenário.com.

crédito da imagem: aurelio.net

2 comentários:

Anônimo disse...

Ótimo post Gabriel.
Nosso campeonato é o melhor do mundo, o mais disputado e emocionante, isso é fato.
E se o bom Deus quiser, meu Palmeiras leva o PENTA pra casa esse ano.

Anônimo disse...

o cavalo do sul só Cai!!! jhjkhd