domingo, 7 de dezembro de 2008

Hora do intervalo


"Fighters fight, right?" Esse é o motivo pelo qual o famoso lutador Rocky Balboa decide voltar aos ringues no mais recente filme da série.

Um lulator fora de combate perde a sua principal razão de ser.

Há coisas que perdem o sentido se forem colocadas fora de seu espaço, fora de seu contexto. Coisas, tradições, lendas, mitos morrem, se não perpetuados.

"Fighters fight, right?"

Pois onde estará o preto e branco para lutar com o vermelho e preto? Não teremos luta? Os lutadores, por cerca de oito meses, não se enfrentarão?

O domingo, dia sete do mês de dezembro, acabou assim: apartaram a luta.

Mas que seja a breve o intervalo.

[1] Isso aí chamou a atenção: ainda existe jogador-torcedor. Ainda bem!




[2] Vinte anos contra seis meses. É justo culpar o Dinamite?

[3] Tentem ignorar o Kléber Leite na foto, por favor.

[4] Créditos da imagem: sem créditos.
(Zico e Roberto Dinamite apertando as mãos, no Maracanã - e onde mais haveria de ser, não é verdade?)


sexta-feira, 10 de outubro de 2008

"Marcação homem a time"


Pára tudo, rapaziada!

Isso...

Parem e prestem atenção.

Sabe quando duas coisas podem parecer antagônicas, diferentes mesmo, impossíveis de se colocar lado a lado?

Certas coisas não casam e outras parecem não "poder" casar.

As que não combinam, tudo bem. Que fiquem uma de um lado, outra do outro. Beleza.

Mas que história é essa? Que lorota é essa que dizem por aí que tem coisas que "não podem andar juntas"? Palhaçada, isso sim!

Quem disse que jornalista esportivo não pode ter time de coração? Hum? Me respondam, por favor.

Aprendiz que sou, me contento em saber que ainda não tenho o dom de falar do time que mora nesse lado esquerdo aqui sem ser, digamos, parcial. Evito ao máximo, de verdade.

Mas há aqueles - de dom talvez inalcansável - que o fazem de modo imparcial. Fazem jornalismo mesmo cantando que nem louco o que sente pelo seu time.

Juca Kfouri prova que é possível ser corintiano - do preto mais escuro e do branco mais claro - e, ainda sim, ser um baita cara, um baita jornalista.

Com vocês, Juca, o corintiano:

"NÓS, CORINTIANOS , somos os tais que temos um time em vez de o time nos ter, na frase imortal do saudoso jornalista José Roberto de Aquino.

Nós, corintianos, temos a mania de nos bastar, de ir ao estádio para nos curtir, às vezes mais mesmo até do que curtir o time.

Porque nem sempre o time é daqueles de se curtir.

Mas nós, não.

Seja qual for o nosso estado de espírito, nada como um estádio repleto de nós.

Temos uma incrível capacidade de lidar com a frustração, tanto que já jejuamos por 22 anos e, mesmo assim, em vez de emagrecer, engordamos.

E como!

Consolidamos nossa maioria em tempos de seca, tornamo-nos insuportavelmente ainda mais numerosos nos tempos de colheita e nos demos até ao luxo de provar que a Série B, de Brasil, pode ocupar o espaço antes dedicado à Série A, hoje de Argentina, mas, quando nela estávamos, então A de América, que é maior que o Brasil.

(...)

No Estado e nesta desvairada cidade, cujo maior defeito, como se sabe, é não se chamar Corinthians.

Nós, corintianos, portanto, podemos e até devemos festejar a conquista que se aproxima inexoravelmente."

Para finalizar, só digo que não me esqueço de um texto no Blog do Juca, referente ao rebaixamento do Corinthians. Ele dizia que o blog não falava de Série B. Em 2008, falaria, como sempre, apenas da elite do futebol, o que inclui o Corinthians. A parte que mais que chamou a atenção foi essa:

"(...) um clube terá acompanhamento em regime de marcação homem a time, sem tréguas, mesmo na Segunda Divisão.

Desnecessário dizer o nome do time e a razão de tal decisão."

Quem disse que não se pode torcer e fazer jornalismo?

É para poucos, confesso.
crédito da imagem: 1- Daniel Kfouri

[1] O texto do Juca foi publicado essa semana na Folha de S. Paulo, com o título: "Nós, corintianos". O texto na íntegra está no Blog do Juca.

[2] Esse texto do blog está aqui embaixo, na íntegra:
"Aos navegantes

Este blog acompanhará a Primeira Divisão do Campeonato Brasileiro, como sempre.

E este blog não acompanhará a Segunda Divisão do Campeonato Brasileiro, a não ser no fim, como no ano passado.

Mas, diferentemente do que este blog fez no ano passado, um clube terá acompanhamento em regime de marcação homem a time, sem tréguas, mesmo na Segunda Divisão.

Desnecessário dizer o nome do time e a razão de tal decisão.

Começa amanhã, sábado, às 16h, no Pacaembu, contra o CRB..."




quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Quando o gigante tropeça nas próprias pernas



"Companheiros, continuem fazendo as mesmas coisas que vocês faziam". [1]

Simples, certo? Nem sempre.

Uma vitória, três pontos no bolso e a perspectiva de subir na tabela já basta, certo?

Nem sempre.

Há sempre aquele que quer mais. Sempre há aqueles não-pensantes - no mínimo pouco pensantes - que querem dar passos além das pernas.

Pois bem, em mais uma das suas, o fanfarrão - pra não dizer mais - presidente do Flamengo, falou o que todos os jornais já deram.



Rapaz, essa tal festa do hexa só fará com que os cariocas fiquem no penta mesmo.

Nada mais.

Mas sabem do pior? Tem muito flamenguista por essa nossa internet de Deus falando que é isso mesmo. São os maiorais, os melhores e têm mesmo é que festejar o sexto caneco, mesmo ainda (!) quatro pontos atrás de palestrinos e gremistas.

Vai entender esse flamenguismo.


**

"Torcedor do Flamengo, você prefere ser hexacampeão brasileiro ou que o Vasco seja rebaixado para a segundona de 2009?"

"Meu voto seria para o rebaixamento do Vasco, tendo em vista que o título seria comemorada 1 semana e esquecido…já o Vasco seria zuado durante 1 ano inteiro..." [2]

Flamenguistas bons de idéia, convenhamos, título é título. Mas mesmo assim...

Mesmo assim aqueles que pouco refletem preterem o titulo em função da queda do rival.

Essa torcida vermelha e preta mais está parecendo aquele Miranda cruzmaltino que vivia falando que vencer o Flamengo era um título à parte - basta ver o estado do seu ex-clube para perceber o quanto alheio o Vasco estava e está dos títulos que realmente importam.

Rivalidade é rivalidade, e título é título, galerinha. E não me venham falar o contrário.

Francamente...

Vai torcer mal lá na Gávea!


**


Ele mal chegou e já pegou o espírito da coisa.

[3]

Que se atenham a esse vídeo todos aqueles que prezam pelo real modo de torcer e jogar por um grande clube.


créditos das imagens:

1- Agência O Globo
(torcida do Flamengo)


2- Post do Urublog de Arthur Muhlenberg
(Márcio Braga, presidente do Flamengo)

[1] Frase do presidente Lula referente à crise bancária nos EUA, na tentativa de convencer os brasileiros a não pararem de consumir somente por se tratar de um período de crise mundial.

[2] O espaço internético do Paulo Calçade, da ESPN, - outra boa pedida esportiva -, nesta quarta-feira, tratou de dar espaço para que os rubro-negros responderem a essa infeliz pergunta.

[3] Essa é uma Palestra do Caio Júnior, técnico do Flamengo, antes do jogo contra o Sport, no Maracanã. De novo vale agradecer ao Urublog do Arthur Muhtlenberg.

sábado, 4 de outubro de 2008

Deixe para depois


Que não seja esse ano!

Que seja ano que vem, que seja daqui a dois, três, dez anos!

Que não seja justamente nesse ano.

Que vá o Fluminense, Ipatinga, Portuguesa, ou qualquer outro!

Que não seja no ano em que o futebol carioca e do Brasil se livraram de Eurico Miranda que o Vasco da Gama cairá para a Segunda Divisão.

Dos 20 clubes da Série A, o único que está proibido de cair é o Vasco.

Que o Sobrenatural permita que o ano em que a democracia prevaleceu na Colina vascaína não seja marcado pela queda de divisão.

O futebol não merece um revés tamanho, não agora, não esse ano.

2008 não pode ser marcado como o ano em que a ditadura euricana foi vencida e também - depois de tantas palhaçadas, tramoias, impáfias, corrupções, desmandos, caras-de-pau, vergonhas, tristezas, choros, incompetências, maldades e ignorâncias - como o ano em que o Vasco da Gama deixou de participar da elite do futebol.

O Vasco tinha que cair para a Segundona com o senhor Eurico Miranda na presidência, isso sim.

Agora não! Agora é a hora da democracia, não da ditadura.

Torço contra os imbecis ditadores, não contra à justiça.

2008 tem que ser o ano em que o futebol se livrou de um vírus, isso sim.

O Vasco tem ainda muitos anos para testar a sua incompetência, a sua fraqueza. Não precisa botá-las à prova justamente em 2008.

Meu desejo é um só para esse fim de ano, à parte os anseios mais íntimos, que não vêm ao caso: que caia qualquer um, menos o Vasco!

crédito da imagem: globoesporte.com
(presidente do Vasco, Roberto Dinamite, sendo hostilizado por torcedores)

[1] Sport, em Recife, e Flamengo, no Maracanã, são os próximos jogos do Vasco. Nada fácil, convenhamos.

[2] Alguém viu isso? Um copo foi atirado no campo durante a derrota vascaína para o Figueirense. E São Januário poderia ter siso interditado, e prejudicar ainda mais o time nesse finzinho de campeonato. Um copo de plástico como vilão do rebaixamento? Ih, rapaz, a coisa tá feia mesmo.

[3] E o Roberto Dinamite, tem culpa? Ele assumiu a poucos meses a presidência do clube e também não merece essa provavél queda.

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

A massa faz o esporte


Paixão pelo futebol. Algo passado de geração em geração.

A bola como primeiro presente de aniversário, o chute como primeiro movimento dentre os preferidos, as cores do time como as prediletas dentre todas as demais, o hino que não sai da cabeça, a descoberta das músicas da torcida de coração, as histórias do seu time, as façanhas do passado contadas pelos mais velhos. Tudo isso forja um torcedor.

Com isso, diz-se: a relação de um clube e sua torcida é estreita, sempre. Com variações, com nuancias peculiares, diferenças sem explicação lógica. Andam sempre de mãos dadas, ou à socos e pontapés esses que ficam fora e dentro do campo, mas sempre um perto do outro.

É batata falar: futebol sem a massa das arquibancadas fica, digamos, meio sem graça.

O Campeonato Brasileiro não foge a essa regra, camaradas. Não, não. Divulgados os maiores públicos da Série A, percebe-se infinitas situações a seream analizadas.

Quem não sabia que o Ipatinga era o time que botava mesmo gente nos estádios? Caso agravado, o mestre Juca sempre bate nessa tecla, pelo fato dos mineiros nunca divulgarem o borderô - contendo público presente, público pagante, renda, etc -, o que é coisa obrigatória segundo o Estatuto do Torcedor. Vaias, por favor!

E o público do Fluminense? Muito pouco, mas nada de anormal depois da pífia campanha no campeonato e, principalmente, depois da ressaca pela perda da Libertadores - e isso vai demorar alguns meses, se não anos pra passar.

Os pontos altos: Grêmio líder em segundo com 30 mil por jogo, e a Nação rubro-negra carioca em primeiro com 38 mil, mesmo com a vexaminosa sequência de 7 jogos sem vitória.

Os números são muitos, os fatos e situações trazidos por eles também. Mas atenhamo-nos ao início dessa prosa. Futebol sem torcida fica sem graça. Fato inegável.

O blogueiro fala agora o que pensa a alguns anos. Torço caladamente para que os bons times do Brasil sejam aqueles de maior torcida, ou melhor ainda, que sejam aqueles que levem mais público aos estádios. Cabem 15 mil? Pois lotemos esses 15 mil lugares. 10? Põe-se 10! E por aí vai.

Claro que não é para se esquecer do preço dos ingressos, da baixa qualidade do espetáculo, e da má organização do esporte - que causa isso tudo, inclusive.

Mas será que é pedir demais? Pedir por estádios um pouco mais lotadinhos é algo do outro mundo? Eu acho que não. E isso é um apelo aos clubes, principalmente.

Que os ingressos sejam mais baratos, que etádios sejam mais seguros e que o espetáculo seja mais vistoso.

E se não conseguirmos frear as exportações dos atletas e por isso a qualidade continue baixa e o futebol continue virando um esporte para se passar a bola de canela para canela, que fale-se o seguinte: façam - os clubes juntamente com as federações e a CBF - uma campanha para que o público vá ao estádios! Ele irá, mesmo com o jogo não sendo tão bonito.

É o time dele em campo, ele irá.

O futebol sem o coro pulsante das arquibancadas fica sem graça.

E tenho dito.

crédito da imagem: globoesporte.com

obs [1] Uma matéria no globoesporte.com (leia aqui) chamou atenção para esses números, apesar desses dados estarem constantemente disponíveis no site da CBF.

obs [2] Quem disse que somente nós arrastamos uma asa para esse jogo de chutar pelotas? Os argentinos não deixam por menos. Esse comercial de TV é peça obrigadotória para todo aquele que aprecia o futebol.



quarta-feira, 17 de setembro de 2008

E eles entram na última reta!


O Campeonato Brasileiro desse ano está desenhado. As coisas parecem bem claras: quem disputa o que na tabela. Os possíveis rebaixados, os candidatos ao canequinho nacional, e para quem vão as vagas nas competições sul-americanas.

Escancarou-se tudo.

N0 fim de semana, o São Paulo tirou o Flamengo da disputa pelo título, inegável; o sinal de alerta para os gremistas acendeu; o Palmeiras mostrou-se galopante em direção à primeira posição; os vascaínos começaram a coçar a cabeça, o rebaixamento está logo ali, assim como para o Fluminense; o Internacional deu sinais de recuperação, tardia é verdade; o Botafogo perdeu a chance de botar a cabeça por sobre os ombros do Grêmio, e parece que ficará nisso mesmo, disputando a vaga na Libertadores.

E por aí vai.

Ainda temos o Ipatinga acenando para a possibilidade de virar uma dor de cabeça para os outros competidores da parte de baixo da classificação; a estonteante recuperação goiana e o forte desejo do Galo³ em se firmar como candidato à queda para a segunda divisão.

O blá, blá, blá de que o título estaria no papo desse ou aquele - desde a época em que o Flamengo liderou, até agora, momento de egemonia dos gaúchos do Grêmio - está prestes a cair por terra.

Parece que ninguém aprende mesmo. São rodadas à fio, campeonato longo. Dureza total.

Bater o pé, dizer faltamente que o Fulano será campeão, e que o Sicrano será aquilo ou aquilo outro é coisa precipitada.

Fato mesmo, só a situação que se repete ano após ano: somos bastante nivelados futebolisticamente. Não há como negar. Grêmio, 1, Goiás, 2 prova isso. Assim como o fato do embalado Botafogo ter perdido para o Internacional, no Rio. O 1 a 2 mostrou que um time em crise, ou caminhando para uma, tendo um quarteto diferenciado¹, pode ganhar fora de casa, mas ao mesmo tempo é bem capaz de ficar apenas no meio da tabela.

O nosso futebol é assim. Cai, levanta; sobe e desce; vem e vai. A alguns anos, salve os raros e diferentes² que surgem de tempos em tempos, é assim.


¹ O Internacional tem em seu meio-campo coisas como o Alex, Guinazu - esse deu chapéu, caneta calcanhar e tudo mais no fim de semana - e D`alessandro. E no ataque, o absurdamente rápido Nilmar. O Botafogo, ainda que jogando no Engenhão, sentiu como é difícil enfrentar esse quarteto em um dia inspirado. Veja aqui o gol, bem bonitinho aliás, que D`alessandro fez.

² Cabeças pensantes raream cada vez mais, em todas as áreas. Em campo a coisa é mais dramática ainda. Difícil ver um cara que realmente pense com a bola, até mesmo sem ela. Alguém que faça o jogo parar, ou pelo menos que pareça estar mais lento. Aqui e acolá vemos um lampejo, um respiro, vestígios de alguém que faça isso aqui na nossa terra. Mas não basta. Quero mesmo um Kobe Bryant chutador de bola, isso sim! Veja abaixo esse monstro em um comercial de TV.



³ Esse ano é o ano do centenário do Atlético-MG. E para quem quiser ficar por dentro dessa história, mais especificamente sobre o título do Galo no Brasileiro de 1971, aí vai a dica: galocentenário.com.

crédito da imagem: aurelio.net

Palestrando em verde e branco

A Sociedade Esportiva Palmeiras também canta aqui no Depois do Lance.



"Olê, olê!
Eu canto: eu sou Palmeiras até morrer!
Dá-lhe alegria, alegria no coração.
Daria a vida inteira pra ser campeão!
A Taça Libertadores, obsessão!
Tem que jogar com alma e com o coração."

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Rubro-negrismo arretado

A Ilha do Retiro se inflama com a torcida do Leão. É a vez do Sport Clube do Recife, o Campeão da Copa do Brasil 2008!



"Pelo Sport nada?
Tudo!
Pelo Sport nada?
Tudo!
Então como é, como vai ser e como sempre será?

Cazá! Cazá! Cazá, cazá, cazá!
A turma é mesmo boa,
é mesmo da fuzarca!
Sport! Sport! Sport!"

sábado, 13 de setembro de 2008

Aconteceu


E não é que o líder perdeu a primeira em casa.

E não é que a boa fase do Goiás se extendeu até Porto Alegre.

É, o blogueiro errou. Esses três pontos não estavam no bolso dos gaúchos.

Um gol de bola parada feito com o pé, uma falha de Victor no gol de Paulo Baier e um cotovelaço do outro Vitor - o de verde, sem o c - em Souza: dois a um para os goianos. (Veja os lances aqui)

O líder do segundo turno fugiu de vez do rebaxaimento, e ainda joga as duas próximas rodadas em casa. Já o Grêmio passará a torcer por empates amanhã, quanto menos vencedores melhor.

Mas, claro, há boas notícias para os gremistas.

Jogaram melhor, amanhecerão líderes na segunda-feira e ainda são favoritos ao título.

Vendo por um outro ponto de vista...

Quem secou se deu bem. Bom para o campeonato! (Clique aqui e veja a classificação)

Essa reta derradeira será boa mesmo, e a rodada¹ ainda nem acabou!

**



Em tempo...

E não é que o Ipatinga largou a lanterna, rapaz!

3 a 2 no Atlético de Minas.

Esse centenário do Galo está mais pra lá do que pra cá.

Lembra o do tal "pior ataque do mundo", alguém lembra?

Sávio, Romário e Edmundo? Em pleno ano de centenário rubro-negro, um fiasco. Tinha musiquinha² e tudo.

Atlético, Atlético, te cuida!

¹ Grêmio 1 x 2 Goiás
Ipatinga 3 x 2 Atlético MG
Atlético PR pr 2 x 0 Portuguesa

Sport x Figueirense
São Paulo x Flamengo
Cruzeiro x Palmeiras
Vasco x Náutico
Vitória x Coritiba
Botafogo x Internacional
Santos x Fluminense

² A letra da música, inspirada em um comercial da Varig (veja aqui), tinha a seguinte letra: "Pior ataque do mundo, pior ataque do mundo. Pára um pouquinho, descansa um pouquinho. Sávio, Romário e Edmundo". Na época, os torcedores do Flamengo gabavam-se em possuir o "melhor ataque do mundo", e como o trio não deu certo... Tome piada dos rivais.

créditos da imagem: globoesporte.com

Que não seja verdade


Quando a culpa não é dos que mandam, o que há de ser feito?

Quando os resultados desapontam, quem há de se o culpado se não o atleta?

É, sim. Isso acontece, por incrível que pareça.

Os dirigentes mandantes da vez - por mais raras que sejam -, às vezes, acabam por não influenciar no desempenho dos atletas.

É duro falar isso, mas é um fato.

Jadel Gregório que o diga. Sexto em Pequim, ele passou longe de uma medalha.

Mas eis que Ja(r)del¹, nos três primeiros GPs de atletismo que vieram após os Jogos, mandou muito bem!

GP da Inglaterra, 17m13, ouro. GP da Suiça, 17m30, sua melhor marca do ano e mais um ouro. E hoje, em Stuttgart, fez 17m09 e ficou com a prata.

O que aconteceu com Jadel em Pequim?

O que acontece com os brasileiros em Olimpíadas?

Nada tem a ver com os dirigentes nem com a falta de incentivo em nosso país, até porque Jadel mora e treina na Inglaterra.

O que houve com Diego Hipólito (bi-mundial no solo), em Pequim? O que houve com Thiago Pereira (recordista panamericano), em Pequim? O que houve com Daiane dos Santos (na época, campeã mundial no solo), em Atenas? E a Fabiana Murer e a tal vara invisível? E o João Derly (campeão mundial de judô) que caiu diante de um adversário atrás de vingança amorosa²? E a Jade Barbosa que agora suspeita-se que tenha agravado uma lesão no punho³ durante os Jogos? E como não falar na bi-prata seleção "real" de futebol do Brasil, a feminina?

"A amarelinha pesa", dirá Zagallo. Pode ser.

"As Olimpíadas é que pesam", dirá o outro. Pode ser.

Mas e os campeonatos mundiais não pesam? As copas do mundo, e foram 5 (!), não pesam? Os GPs da vida, não pesam?

O que vem à cabeça agora é algo dramático.

Que não seja verdade!

Que não seja verdade que o "complexo de vira-latas",, evidenciado e propagado por Nelson Rodrigues tenha vindo à tona, agora em forma olímpica!

Que não seja verdade!

Mas cá no fundo, tenho para mim que isso seja, no mínimo, uma tendência para a verdade.

**

Enquanto isso na aula de história da faculdade...

"Existe um filme francês sobre a ditadura de Pinochet, no Chile. Nele há uma cena em que dois torturadores chilenos tentam arrancar uma infomação de um pobre coitado acusado de subversão."

Início da cena:

-É, ele não vai falar. Diz um deles.

-Teremos que chamar um militar brasileiro para cuidar dele. Completa o outro.

Fim da cena.

A sala de aula fez um barulho parecido com um gemido angustiado, até que alguém, tomado por um maravilhoso espírito de porco, falou:

Pelo menos nós brasileiros temos do que nos orgulhar!

E seguiram-se risadas ecoando pelas paredes.

**

Que não seja verdade que estejamos voltando aos tempos em que éramos inferiorizados por nós mesmos - se é que ainda não somos.

Que tenhamos do que se orgulhar, que tenhamos do que se gabar.

(...)

Pelo menos nós brasileiros temos do que nos orgulhar!

Pai do Céu, que tragédia!



¹ Tal como o ator Nei Latorraca é fácil e erradamente conhecido como Neila Torraca, provavelmente, Jadel Gregório é conhecido como Jardel Gregório. Nunca se sabe.

² O português Pedro dias, que derrotou João Derly nos Jogos de Pequim e tirou o brasileiro da briga por medalha, disse que João não havia sido apenas derrotado por ele, e sim humilhado! Tudo isso porque o português alega que João tinha saído com uma namorada sua.

³ A ginasta Jade Barbosa tem uma lesão gravíssima no punho, o que, para o pai da menina, se deve aos intensos treinamentos e ao medicamentos passados pelas seleção brasileira e seu departamento médico. A presidente da entidade (CBG), Vicélia Florenzano, nega a história e diz que não criará polêmica com a atleta, e acrescentou que Jade irá ser convocada para a seleção caso haja um aval médico.
(para ler mais sobre isso, clique aqui)

crédito da imagem:
1- Agência EFE/globoesporte.com
(Jadel Gregório, sexto lugar no salto triplo nas Olimpíadas de Pequim 2008)

O Tigre de Santa Catarina

Lá de Florianópolis vêm os tricolores do Criciúma Esporte Clube.

E para o internauta mais atento às músicas das torcidas (aqui ao lado temos uma pequena lista com antigos posts do Depois do Lance com vídeos das arquibancadas) é fácil perceber uma forte semelhança - para não dizer que são iguais! - entre os gritos das torcidas do Tigre e a do Cruzeiro, de Minas.

Mas que fique claro: o importante é cantar o seu amor ao clube de coração. Até porque, no fim das contas: "nada se cria, tudo se copia", já dizia o Chacrinha.



"Vamos, vamos, Criciúma!
Vamos, vamos a ganhar!
Vou aonde você for,
só pra ver você jogar.
Com coração e muito amor,
é o Tigre mais querido do Brasil!"

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Seis pontos, um blog e um balde


Esse fim de semana será interessante para quem acompanha futebol. Jogos, como sempre, não faltarão.

Mas o diferencial da vez: jogos à rodo em que se decide o futuro do campeonato. Tome emoção, feras!

Raposa e Verdão, em Minas. Seis pontos. Tricolores e rubro-negros, em São Paulo. Seis pontos. Baianos e curitibanos, em Salvador. Outros seis pontos.

Para os que estão lá embaixo na tabela: Santos e Fluminense, na Vila. E leia-se: Kléber Pereira versus Thiago Silva.

Sem contar com os dois jogos de três pontos certos. O líder Grêmio contra o Goiás, em Porto Alegre. E o Botafogo contra um Internacional em crise, no Rio.

Esse fim de campeonato pode nos reservar agradáveis surpresas. Uma briga acirrada pelo título, por exemplo. Há tempos não se vê isso por essas bandas. Fora a briga pelas vagas da Libertadores.

E outras, não tão agradáveis assim: Flu e Santos estão perto da Série B, o que, no mínimo, garante boas atrações para o fim do ano.

(Mais GRANDES na segundona? Essa crise futebolística que não tem fim...)

**


Uma dica paraolímpica.

Para quem se interessa por esportes amadores, o blog do Clodoaldo Silva é uma boa pedida.

É uma oportunidade para se interar sobre esse mundo que nem sempre nos vêm à imprensa.


**

Não se falou nem irá se falar da atuação da "seleção" do Brasil por aqui.

Motivos? Muitos.

Mas o principal reside na idéia básica de que não se deve chutar cachorro morto.

Dunga e seus pupílos "morreram" diante da Bolívia.

Não ei de chutá-los, se não acabo por acertar o balde!


créditos das imagens:
1- CBF News
(tabela referente à 24a rodada da Série A)
Ipatinga x Atlético MG, Atlético PR x Portuguesa, Grêmio x Goiás, Cruzeiro x Palmeiras,
São Paulo x Flamengo, Vasco x Náutico, Sport x Figueirense, Santos x Fluminense, Botafogo x Internacional e Vitória x Coritiba

2- Portal Terra

(Clodoaldo é nadador portador de deficiência cerebral e representante brasileiro nas Paraolimpíadas de Pequim)

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

O Morumbi canta!

Eis que os tricolores do São Paulo Futebol Clube cantam aqui no Depois do Lance:



"Tricolor tu és a paixão,
tricolor tu és alegria,
tricolor tu és meu viver,
tricolor eu amo você!

Como eu te amo tricolor!
Como eu te amo demais!

No dia em que tu não existir
eu nao quero sorrir nunca mais!"

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

BRAsil dos contrastes


Que o Brasil é o país dos contrastes, todos sabemos. Aqui e acolá vemos provas disso.

Pois bem, apesar disso, alguém - dos poucos que lêem esse espaço - entende o que se passa com os atletas olímpicos daqui?

Nas Olimpíadas desse ano, o Brasil terminou, como em todas as anteriores, devendo, e devendo muito. Motivos não faltam para explicar isso.

Ok, mas e o quadro de medalhas das Paraolimpíadas de Pequim? Sétimo lugar! Até o momento, são 20 medalhas, 8 de ouro, 6 de prata e 6 de bronze.

Quem vos fala não entende isso.

E que não se apele para a infame "piada" de falar que "até os sem pernas ou braços ou visão conseguem mais feitos que os saudáveis".

Não existe incentivo, fato notório. Não existe quase (!) nada, por assim dizer, em favor dos atletas, fato também sabido.

Agora, uma dúvida mais prática: o nosso Comitê Olímpico trabalha melhor ou pior que o, também nosso, Comitê Paraolímpico?

Os números estão aí.

Batamos na tecla novamente: os atletas do Brasil são heróis pura e simplesmente por serem atletas do Brasil!

Isso não deve sair de pauta.

Dirigentes incapazes, governantes omissos produzindo resultados abaixo do esperado. Os atletas, nesse caso, são apenas peça de manobra visando eleições, seja em federações, confederações, câmaras, senados, etc.

crédito da imagem: Portal Terra/Agência Xinhua
(Daniel Dias, prata nos 50m borboleta na classe S5)


terça-feira, 9 de setembro de 2008

Botafogo e sua torcida

Com vocês a torcida do Botafogo de Futebol e Regatas e o seu "E ninguém cala":



"E ninguém cala
esse nosso amor.
E é por isso que eu canto assim,
é por ti Fogo"

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Chile em sexto


Alguém viu o jogo do Chile ontem à noite? Começaram bem, o estádio lotado, pressionando o adversário.

E os pontas abertos nas costas dos laterais rivais? Mark González, pela esquerda e Matías Fernandez, pela direita.

E o gol perdido por Suazo? Gol feito chutado para fora, cara-a-cara com o goleiro.

Alguém reparou no Valdívia ontem à noite? O ex-palmeirense foi expluso por uma imprudente lambança.

E o penâlti que o Bravo pegou, alguém viu? Acertou o canto e pimba, tapa pra linha de fundo!

E o número de cartões amarelos? Alguém reparou na quantidade de tarjetas que o árbrito distribuiu? Foram dez, e todos justos.

Fato é que o Chile não jogou bem. Se deixou levar pelo futebol do adversário, não aproveitou os momentos em que teve um jogador a mais em campo. Aí, deu no que deu.

O Chile perdeu em casa, caiu para a sexta posição, e, por ora, não está mais entre os quatro primeiros.

Pena para os chilenos que agora, como diz a manchete esportiva do jornal El Mercurio, "estão tão longe como antes" de ir à Copa do Mundo.

Mas venha cá, contra quem o Chile jogou?

Ah é? E eles são penta mesmo? Nem parecia.

crédito da imagem: www.emol.com - website do El Mercurio, do Chile

sábado, 6 de setembro de 2008

Alguém do Grêmio? Ninguém.


O Grêmio não seria o líder desse Campeonato Brasileiro se não fosse a janela de transferências, se não fosse a absurda superioridade econômica dos clubes europeus - de leste a oeste - e dos asiáticos em relação ao nossos. E se, por fim, não fosse a inabiliadade de alguns dirigentes dos clubes daqui.

Quem do Grêmio, fora o zagueiro Léo, foi tentado pelo mercado europeu? (O Roger não conta, primeiro porque foi para o Qatar, e segundo porque é mais chinelinho que uma havaiana).

Quem, dentre os torcedores dos outros 19 clubes da primeira divisão, deseja que algum jogador do Grêmio figure na escalão de seu time?

A mão blogueira está ao chão de tão abaixada.

O Grêmio talvez seja o líder mais chato que o nosso campeonato de futebol já viu. Há quem diga que o São Paulo do ano passado também não era de encher os olhos, mas o escrete do tricolor gaúcho desse ano é de irritar. Quem viu Fluminense, zero, Grêmio, zero há de concordar.

Marcelo Moreno e Charles do Cruzeiro; Renato Augusto e Marcinho e Souza do Flamengo; Thiago Neves e Gabriel e Cícero do Fluminense; Fernandão do Internacional; Valdívia e Henrique do Palmeiras; e Dinei do Vitória. As baixas, à grosso e rápido modo, são essas.

Alguém do Grêmio? Ninguém.

Claro que deve-se ressaltar as contratações de Tcheco e Souza, ambos substitutos de Roger no meio de campo gremista. Mas ambos enchem os olhos dos rivais tal como os que estão na lista acima? Olha aqui a mão para baixo!

Méritos ao Grêmio, vendo por um outro lado. Montar um time sem jogadores que encham os olhos não é fácil. Clap, clap, clap!

Mas é óbvio que os gaúchos não liderariam a tabela se o futebol nosso de cada dia fosse mais organizado, se não fosse, dia após dia, dominado pelo dinheiro dos "de fora".

Encurtando a prosa: o blogueiro prefere assistir os jogos de quase (!) todos os times, mas, por favor, poupem-no de ver o Grêmio jogar.

E o " pior" está por vir. O Grêmio tem tudo para se tornar campeão, e com méritos! Sim! Com muitos méritos. Mais clap, clap, clap para eles!

Mas cá entre nós, bem que as tardes de sábado e domingo poderiam nos brindar com futebol de qualidade!

Ressaca olímpica? Talvez o Depois do Lance tenha se acostumado com a excelência dos grandes do esporte mundial. Talvez.

Saudades de Pequim e das madrugadas e dos recordes.

Difícil encarar a realidade tupiniquim. Difícil.

E amanhã ainda terá o jogo do Chile. Contra quem mesmo?

Esse nosso país do futebol...

crédito da imagem: Alexandre Alliatti/globoesporte.com

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Corroborações olímpicas

China, Pequim: encerraram-se os Jogos de 2008.

Mais quatro anos em que a chama olímpica ficará quieta, apagada, fria e em silêncio.

Mais quatro anos para vermos esses tais a seguir juntos novamente: Phelps, Kitajima, Cielo, Coventry, Bernard, Rice, Bryant, James, Gasol, Isinbayeva, Bolt, Stanley, Giba, Gustavo, Mari, Fabi, Fabiana, Walsh, May, Nadal, Ricardo, Emanuel, Marta, Cristiane, Daniela, Aguero, Messi e tantos outros fora-de-série do esporte mundial.

Londres, Reino Unido, em 2012. Nosso próximo encontro.

Sem a nata olímpica em cena, resta aos meros mortais contentarmo-nos em acompanhar o futebol de sempre - que nem sempre enche os olhos -, mas que quase nunca nos abandona aos domingos.

Dada a despedida e a falta de esperança de bons espetáculos, diz-se: vamos às batidas de teclas que valeram a pena.

Recaptulemos o que foi dito aqui sobre as olimpíadas e que, no fim das contas e dos próprios Jogos, mostraram-se relevantes.

O tal do Cielo nadou para 21s30 nos 50 livre, portanto, abaixo de 22 segundos. O Depois do Lance mostrando-se capaz de captar no ar, e nas águas, as esperanças da nossa natação publicou o texto Cielo e a barreira dos 22 segundos.

A única nota baixa para nós ficou por conta de Thiago Pereira que terminou os Jogos sem nada no pescoço. Pena.

Phelps. O que falar desse coisa das águas? Um post foi feito aqui somente para tratar de seus planos: "Quero ser o primeiro Michael Phelps".

E o blogueiro se orgulha em dizer que viu a final do revezamento 4x100 e a final dos 100 borboleta. Incrível!

No âmbito do atletismo o post Notícia Relâmpago tratou pela primeira vez de Usain Bolt. Texto curto, ligeiro, tal qual esse jamaicano.

Meras corroborações, pequeno texto tático e simples para servir de link entre o fim das Olimpíadas e o que já foi falado nesse espaço sobre os chamados esportes amadores.

**

Equanto isso...

Urgente, urgente! COB promete superar a China no quadro de medalhas em Londres: "as 15 desse ano não foram nada perto do que virá".

Obs: deixando a brincadeira de lado e falando sério. Temos eleições por aí. Mais quatro anos de incompetência?

domingo, 24 de agosto de 2008

Erramos!

No post anterior cometemos um erro grave. Esquecemos de Maurren Maggi e seu ouro mais do que inédito no salto em distância.

A vergonha se abate aos do Depois do Lance. Erro pateticamente amador e, acima de tudo, inaceitável.

Decicar um post às mulheres atletas do Brasil e se furtar a falar da primeira medalhista de ouro do país? Incrivelmente grotesca a situação.

Perdão não resolve.

Mas o mínimo foi feito.

Erro assumido.

sábado, 23 de agosto de 2008

O sagrado feminino

Carol, Fofão, Sheilla, Mari, Paula Pequeno, Sassá, Jaqueline, Thaísa, Walewska, Fabiana, Fabi, Valeskinha e, principalmente, Ketleyn e Natália.

Mulheres do Brasil. Atletas, daqui, que fizeram o inédito.

A olimpíada mais feminina, do ponto de vista canarinho, foi essa.

Nunca uma mulher brasileira havia conquistado uma medalha em um esporte individual.

Pois tome!

A China viu Ketleyn Quadros tomar o bronze pra si no judô, e viu também Natália Falavigna medalhar bronzeado no taekwondo.

Essa coisa de que luta é para homens caiu por terra - ou tatame? - nesses Jogos.

O porém continua sendo o que já é batido: tudo feito feito sem planejamento adequado, tudo muito alheio às medidas governamentais, até porque quase não existem.

E quanto aos doze primeiros nomes da lista do início do texto, o blogueiro diz o seguinte: país do futebol que nada! Como negar o voleibol? Como não aceitar a excelência dessas meninas?

Único esporte que, na prática, possui planejamento de base aqui por essas bandas.

Esse post é todo dedicado à mulheres atletas do Brasil, com grandes, imensas e orgulhosas lembranças à nossa verdadeira seleção de futebol.

Quem do lado macho dos campos joga mais que Marta? Eu não sei, sinceramente.

Mas como quem voz fala passou a gostar deveras de vôlei...

Uma hora da manhã - daqui a pouco! - o negócio é o seguinte: bola no chão dos americanos e, claro, Giba neles, rapaziada!

Obs: E as unhas, cadê?

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Aos vencedores o bronze, mas bem que mereciam um ouro

Em pequim, está a maior delegação brasileira de toda história olímpica do país.

Na china, os atletas daqui fazem um esforço - quase todo alheio a qualquer suporte governamental - para ganhar uma medalha.

Quantos desses nossos atletas foram apenas a "passeio" para os Jogos?

Quantos desses nossos guerreiros e guerreiras tem algum tipo, mínimo que for, de base - seja ela financeira ou material ou psicológica?

Respostas fáceis, na ponta da língua: o Brasil é a mais verdadeira antítese olímpica da China, por exemplo. Enquanto lá os investimentos no esporte são assombrosos, aqui o abandono pauta a vida desses atletas.

Até agora são dois ouros, três pratas e sete bronzes.

A maior delegação de nossa história trará doze, treze (!) medalhas?

Muito pouco. Pouquíssimo!

Mas ainda assim esses atletas, tanto os medalhistas - poucos que são - quanto os não-medalhistas, devem receber premiações e presentes e mimos dourados.

Ser atleta no Brasil é dose, meus caros.

Ser atleta no Brasil e, apesar disso (!), conseguir a façanha de ganhar uma medalha olímpica? Pai do céu! Nesse caso o bronze e a prata se tornam ouro.

Clap, clap, clap para os nossos atletas e vaias aos nossos dirigentes!

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

A velocidade do amor

O grande Bob Marley pregava o amor como o caminho da salvação para a humanidade.

Bob Marley era da Jamaica.

O amor da música de Marley norteia o caminho de muitos - se não o faz, no mínimo, deveria.

Além disso, a Jamaica é o país mais rápido das pistas olímpicas.

Usain Bolt, ouro, e Shelly-Ann Fraser, ouro, e Sherone Simpson, prata, e Kerron Stewart, prata, são da Jamaica.

O Caribe respira amor e velocidade.

Amor pregado pela música e a velocidade mostrada em 9s69 - feito de Bolt - e 10s78 - feito de Fraser - nos 100m rasos.

A Jamaica prega, por ora, o amor mais rápido do mundo.

Pouca coisa? Não!

O primeiro porém: o famigerado doping.

Suspeitas pairam sobre Usain Bolt. A maneira como terminou sua prova - braços abertos, soco no peito e um baita sorriso, antes mesmo de ultrapassar a linha de chegada. Estranho realmente.

Mas será que o homem dos 9s69 correu dopado?

Esse é um porém muito grande. Tão grande que assusta. E ele ainda correrá os 200m rasos, prova na qual é mais do que favorito.

Espera-se, apenas - e não que isso seja pouco- que tudo isso seja especulação. Mas também, obviamente, o blogueiro preza pela limpeza no esporte. Tudo o que é injusto e trapaça deve ser proibido.

Mas o segundo porém está ao lado de Bolt: ainda não se provou nada.

E o resumo dessa prova se dá pela seguinte frase e/ou contestação: o amor - lento à primeira vista - de Bob Marley foi absurdamente acelerado por seus compatriotas em Pequim.

A velocidade do amor cresceu.

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Emoção, franqueza e garra

O melhor do bronze de Cesar Cielo Filho na prova dos 100m livre esteve guardado para o final, logo após a prova.

Não foi a quebra do recorde sul-americano, não foi a primeira medalha da natação brasileira em Pequim, não foi o fato de Cielo ter nadado a final na raia 8 - onde as ondulações são maiores se comparadas com as raias centrais -, nada disso saltou mais aos olhos do blogueiro que o choro do brasileiro ao sair da piscina.

Cielo chorou pelas dificuldades que enfrentou na prova e pelo bronze e pelo recorde e pela sua família e por tudo o que passou pela sua cabeça naquele momento.

Marearam-se ainda mais os olhos quando se fez silêncio.

Cesar Cielo falou o que este que voz fala quer ouvir de todos os atletas do Brasil - sejam os que estão na China, como os que não estão: "Vou ganhar o ouro nos 50".

Entrar n`água, na quadra, no campo, na arena, no tatame, na pista para simplesmente fazer figuração, simplesmente participar. Coisa pouca, isso sim.

"Vou ganhar o ouro nos 50". É assim que se fala. Mesmo que não ganhe a prova, Cesar Cielo msotrou-se um vencedor.

A emoção de um nadador, a franqueza e a garra de um atleta foram os pontos altos desta madrugada.

Com ouro ou sem ouro, Cesar Cielo ganhou um admirador.

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Salve, salve os chineses!

Pequim, China, 2008. Que esses jogos jamais sejam esquecidos!

Ainda faltam muitos dias de competição, sem dúvida. Mas tudo indica que estas olimpíadas serão inesquecíveis.

Exemplo?

Michael Phelps já é o maior atleta olímpico de todos os tempos. E ele ainda tentará ganhar mais três ouros - feito bastante provável.

A apresentação na final dos 4x100m livre da equipe dos EUA está sendo considerada a mais impressionante de todos os tempos.

Os 100 metros rasos do atletismo - Usain Bolt contra Asafa Powell contra Tyson Gay -, promete ter a final mais emocionante da história. Michael Johnson, ex-corredor e atual recordista mundial nos 200 e 400 metros rasos, concorda com a tese: "poderá ser a final mais incrível de todos os tempos."

Mais?

O time de vôlei de Bernandinho e cia está prestes a se tornar o time mais vencedor de todos os tempos, incluindo todos as equipes de esportes coletivos - seja a modalidade que for.

A equipe de ginástica feminina do Brasil conseguiu, pela primeira vez (!), chegar a uma final olímpica. Neste caso, o oitavo lugar é uma vitória sem precedentes.

Outros feitos poderão e deverão (!) vir.

(Falta capacidade ao blogueiro para processar todos os dados olímpicos. Muitas que são, as informações vindas de Pequim e da história dos tempos olímpicos são densas, lindas e humano-esportivas de tal forma que fundem, do modo mais absurdamente positivo que existe, a cabeça de quem as tem e/ou tenta entender.)

Provas não faltam e não faltarão. A tendência é que, realmente, esses jogos sejam de uma grandeza jamais vista.

Salve, salve os chineses!

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

A madrugada de Jason Lezak

Quem já acompanhou alguma final olímpica de natação sabe que o recorde mundial a ser quebrado vem, no decorrer da prova, representado por uma linha.

Essa tal linha, geralmente, fica a frente dos atletas que estão na piscina. Afinal, ela representa um recorde! E como um recorde não é facilmente batido, é normal que eles, os recordes, caiam pouco a pouco, décimo a décimo.

Pois bem, agora a pouco a final dos 4x100 livre foi realizada no Cubo D`água em Pequim.

Mas onde estava a nossa linha?

Simplesmente, cinco (!) das oito equipes que ali estavam fecharam a prova abaixo do recorde mundial.

Os EUA fizeram 3m 08s 24, praticamente 4 segundos melhor do que a antiga marca.

Onde estava a linha?

Ah, essa linha! Ela estava 4 segundos atrás de Jason Lezak, americano que fechou a prova, com incríveis 46s06 em sua parcial.

Lezak, entrou n`água meio corpo atrás do francês Alain Bernad.

A vitória americana veio na batida de mão.

De arrepiar!

Essa final valeu a madrugada!

Apenas um detalhe a salientar: Michael Phelps abriu a prova para os americanos, e, portando, conquistou o seu segundo ouro em Pequim.

Faltam 6, rapaz! E este blogueiro aqui está sem unhas de tanto torcer por esse animal das águas de outro mundo.

domingo, 10 de agosto de 2008

Lágrimas de ouro




No pódio dos 400m medley, agora pouco, houve uma surpresa. Não com relação aos atletas que ali em cima estavam. O impressionante Michael Phelps estava lá, no topo. O primeiro dos (prováveis) oito ouros do norte-americano.


A supresa foi reservada para o momento específico em que o hino dos Eua ecoava no Cubo D`água, em Pequim.


Phelps, cada vez mais próximo de ser o maior nadador da história, chorava.


A medalha de ouro, a sétima de sua carreira, em seu peito.


Olhos mareados de um homem cujos limites estão tão a frente dos demais que pensar que ele - o mamífero aquático mais humano que existe - é, na verdade, um animal vindo das águas de outro mundo, não é de todo um exagero.


Homens vencedores também choram.

crédito da imagem: Reuters

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Explicações e notícia

Camaradas virtuais, o Depois do Lance lhe deve explicações. Sem dúvida! Estamos em dívida com o nosso público internauta. Por motivos de força maior o nosso querido blog esteve "abandonado". Nossa ausência, porém, não nos agradou. Mas como tudo na vida é um ciclo... É dada a hora da retomada do Depois do Lance. Em um ciclo olímpico, e ainda mais esportivo - se é que seria possível esportivizar ainda mais esse espaço -, esse blog vem com tudo e mais um pouco. Segurem-se!

**

A Corte Arbitral do Esporte (CAS, sigla em inglês) decidiu a favor dos clubes europeus, em detrimento das federações nacionais e seus respectivos jogadores. Tudo isso referente ao impasse com relação à liberação de jogadores, pertencentes a clubes europeus, para que atuassem em suas seleções nos Jogos de Pequim.

Em recente declaração, Diego, jogador do Werder Bremen da Alemanha, diz-se tranquilo quanto a sua participação nas Olimpíadas:
"Não tem porque voltar atrás. É um sonho que eu tenho. A fifa apóia a decisão que eu tive, portanto está tudo certo".

Ele tem razão. A FIFA desaprova a decisão dos clubes de se recusarem a liberar seus jogadores para os Jogos da China. O presidente da entidade, Joseph Blatter, falou que está surpreso com essas ações arbitrárias dos clubes do velho continente, e também que os jogadores tem o direito de jogar pelas suas seleções quando forem chamados.

Joan Laporta, presidente do Barcelona, clube no qual o argentino Lionel Messi joga - ele também foi proibido de estar em Pequim, embora já esteja lá -, disse que o clube catalão está apenas reclamando seus direitos.

Por mais desnecessário que seja, ainda vale a pena ressaltar que quem sai perdendo no fim dessa prosa - infeliz e patética, por sinal - somos nós, seguidores - quando não participantes, de uma forma ou de outra - do esporte.

fonte: Reuters

sexta-feira, 27 de junho de 2008

A primeira das boas

À frente a primeira das boas (!) rodadas desse Brasileiro.

Dos 6 primeiros na tabela, 4 se enfrentam: Cruzeiro e São Paulo, e Palmeiras e Náutico.

Flamengo e Grêmio, primeiro e segundo colocados, pegam, respectivamente, Sport (atual campeão da Copa do Brasil) e Internacional - um Gre-Nal minha gente!

No geral, jogo fácil apenas terá o Vasco - o time do Ipatinga é, no mínimo, de Série B.

De resto, jogos interessantes - até Flu e Bota terá.

Oba!

Portando e enfim, será um fim de semana em que, domingo a noite, a tabela poderá sofrer mudanças.

Palpites?

Grêmio em primeiro (vitória em casa contra um Inter atrapalhado é até provável); Flamengo em segundo (os cariocas em boa fase e o Sport em casa, por isso, um ponto para ambos); Cruzeiro em terceiro (não irá afinar pros paulistas feito o Flamengo); em quarto o Palmeiras (jogando em casa, deve botar três pontos no bolso); em quinto o surpreendente Náutico (olha os pernambucanos resistindo no G4); e em sexto o São Paulo (passará ileso, de novo, em outro confronto direto).



"Liberdade, liberdade, abre as asas sobre o Vasco!"

Erga as mãos quem nunca desdenhou do time rival.

Se ponha de pé aquele que nunca desejou o fim de seu time rival.

Pois, aqueles dotados de inteligência, ao contrário dos de cima, sabem o seguinte: ter um rival só procede - no real sentido de rivalidade - se este "oposto" a você tem forças suficientes para lhe ameaçar. Ameaçar seu posto de melhor, seu posto de ganhador, por mais oscilante que seja.

Times rivais deveriam, sempre, desejar o bem, mínimo (!), do outro. Sem um o outro não é tão grande como deveria ser, e o outro sem o um, também, se apequena.

Aos rivais do Clube de Regatas Vasco da Gama: o seu rival - o maior no caso dos rubro-negros - está para ressurgir das cinzas euricanas.

O que seria do Fla sem o Flu? O que seria do Flamengo sem o Vasco? Do Botafogo sem o Fluminense? Do Inter sem o Grêmio? Do Palmeiras sem o Corinthians? Do Galo sem o Cruzeiro?

O que seria do futebol? O que seria do futebol se houvesse Flamengo e não houvesse o Vasco?

É como acontece com os dentes! Isso mesmo.

Um dente sem seu opositor imediato, seja abaixo ou acima, tende a entrar em "crise" - faltam ao blogueiro conhecimentos dentários mais profundos.

Quem deseja o bem de seu time deve, de maneira sábia - e até mesmo racional demais! -, torcer, veladamente claro, para que o seu rival imediato não seja extinto, não seja saqueado.

Pegando carona com quem sabe falar as coisas, e o Depois do Lance nunca se cansa em se colocar em seu lugar - blog de aprendizes que é-, citemos Juca Kfouri:

"Liberdade, liberdade, abre as asas sobre o Vasco!"

(E que se complete a música antes que seja tarde.)

...e que a voz da rivalidade seja sempre a nosssa voz.

terça-feira, 24 de junho de 2008

Me dá que é meu!



Eis que o meio de semana do futebol entra em cena, novamente.



Quarta-feira, depois da boa e velha novelinha, o Fluminense tentará o inédito.

(Enquanto isso, a cidade de São Paulo acompanhará o jogo entre Bragantino e Corinthians, na TV Globo - jogo de Série B vale mais que final de Libertadores?! Culpa do "bando de loucos" que vestem branco e preto, milhões deles!)
O Flu, contra os mais de 2800 metros de altura e, também (!), contra os equatorianos da LDU, aplicará, se Nelson Rodrigues quiser - e ele há de querer, certamente -, o "me dá que é meu".
Basta ter uma equipe melhor?
Basta ser, previamente, considerado o time favorito no confronto final?
Basta ter uns dos melhores, se não o melhor, zaqueiro que atua no Brasil?
Não!
Mostrar-se superior dentros das linhas do campo é o que vale, realmente.
O próprio Flamengo e seus 4 a 2 de vantagem sobre o América mexicano estão aí para comprovar.
A vitóra vem para aqueles dotados da exata (!) noção da possibilidade do acontecimento desta mesma vitória.
O sucesso nasce da consciência e do auto-conhecimento referente às próprias qualidades e possibilidades de êxito.
Os tricolores parecem ter isso tudo em mente.
Dirá o Fluminense, gloriosamente e enfim:
- Cai fora, LDU! Me dá que é meu!
Tomara.





crédito da imagem: globoesporte.com


sábado, 21 de junho de 2008

Exemplo


Recepção do líbero Alan, levantamento de Marlon, e ataque fulminante do central Eder: ponto brasileiro!

França zero, Brasil três.

Com cara nova e com Nalbert em quadra - notícia mais que boa - a seleção de Bernardinho mostra um trabalho que, para leigos em vôlei (olha aqui a mão erguida!), é surpreendente.

Porém, surpreende cada vez menos.

Campeão de tudo o que é possível, nosso vôlei não conta com apenas uns 13, 14 bons jogadores, e sim com toda uma estrutura, desde as categorias de base, e com uma comissão técnica atenta a novos talentos.

Medalha certa nas olímpíadas!

Agora, pensemos...

Estrturação desde as categorias menores?

Trabalho sério para as olimpíadas?

Mesmo com esse belo exemplo, existem pessoas que fazem tudo às avessas.

E aí, serviu a algúem essa carapuça?


crédito da imagem: divulgação/FIVB


Obs.: Nossa "reportagem" não encontrou ninguém que quisesse dar declarações sobre a situação da seleção olímpica (?!) de futebol do Brasil.

quinta-feira, 19 de junho de 2008

Pretensão infundada



Piada, segundo o Dicionário Houaiss, é, entre outros sentidos, alguém ou algo que tem má qualidade ou é ridículo, especialmente quando demonstra uma pretensão infundada.

Desde o meio do ano de 2006, certas pessoas vêm nos contando seguidas piadas de mau gosto (!), ou, no mínimo, de gosto duvidoso.

Levante a mão quem - por uma extrema dose de consciência futebolística, e também, de amor próprio - não preferiu, seriamente (por mais que não o fizesse de fato), ir dormir a ficar vendo o jogo de ontem.

Por favor, não se acanhem.
A mão blogueira de quem voz fala está erquida, quase ao teto.

Entre bocejos e xingamentos, a seleção (a do Dunga, porque a do Brasil não joga faz tempo!) jogava - tentava, sejamos lúcidos.
Patético.

Um time, por mais não-brilhante que possa ser (condição aceitável) tem que ser, por obrigação, minimante capaz de ganhar.

Não conseguir ao menos pleitear uma vitória, essa sim é a piada.

"Alguém ou algo que tem má qualidade ou é ridículo, especialmente quando demonstra uma pretensão infundada".

Pretensão infundada. Pai do Céu!

Chegamos, enfim e infelizmente, ao fundo do poço.

O "técnico" Dunga nos fez (Opa! Ele fez sozinho) chegar ao ponto de perceber que a pretensão primeira e eterna de nosso selecionado, a vitória, é uma coisa infundada.

Basta ter olhos - por mais que semi-fechados devido ao sono incontrolável - para perceber que para o Brasil, de hoje, ganhar é preciso mudar o enredo dessa piada.

Ou melhor!

Há de chegar o dia em que o Brasil deixará, por fim e para sempre, de ser piada, e passará a ser -condição não mais que devida e obrigatória - vitoriosa.


crédito da imagem: Carolina Elustondo/globoesporte.com

Atualização às 15:25:
A "reportagem" do Depois do Lance apurou que Dunga, nesse momento, tira uma pestana. Justamente! O enredo do sonho? Será que maquina mais uma piada para nos contar? Deus queira que não.

quarta-feira, 18 de junho de 2008

A Liga dos monstros



A Liga dos monstros de 2007/2008 se encerrou.
22 anos sem nada no bolso, o Boston Celtics é campeão mais uma vez da NBA.
Quem torceu para os Lakers, simplesmente para que houvesse o sétimo e último confronto, se deu mal!
O blogueiro se inclui nessa turma.
Uma pena!
Fiquemos, por uns tempos, sem Kobe e Garnett, o tal 5 - em verde! - da foto.

PS. Hoje a noite tem Brasil contra os hermanos. E a essa hora, segundo nossa "reportagem", em mais um "furo", o Dunga tira uma soneca.
crédito da imagem: celtics.com

segunda-feira, 16 de junho de 2008

Sábado e domingo



Notícias boas e notícias, digamos, nem tão boas assim.

Assim foi o fim de semana esportivo.

Sábado, no Maracanã, o Flamengo mostrou (4 a 2 para o São Paulo), mais uma vez, que, ainda (!), não está pronto para brigar pelo título. É bem verdade que continua a ocupar a primeira posição do campeonato. Mas o gol, o segundo de Borges na partida, mostrou resquícios dos "áureos" tempos em que os rubro-negros apenas brigavam na parte de baixo da tabela.

A boa nova? Ibson voltou a jogar o que sabe, e o São Paulo, ao que parece, voltou a ser São Paulo. Ainda bem!

(Sábado? Ah! Sábado a seleção de Dunga se preparava para pegar o Paraguai.)

Lá pras sete horas, também no sádabo, o Góias se confirmou como o time a ser batido na disputa para cair (!) para a Segunda Divisão. Será difícil! O time é fraco e foi batido pelo Grêmio, 3 a 0, em Goiânia.

Boa nova? Claro! Os gaúchos só não são líderes porque perdem no saldo de gols para o Flamengo.

Em Recife, Náutico e Vasco jogaram em um gramado abaixo da crítica. Incomcebível! Salvo o gol de bicicleta dos pernambucanos e a torcida do time da casa, nada a declarar.

(Domingo de manhã, Dunga e o Brasil esperavam o Paraguai. Esperavam, esperavam...)

No Ibirapuera, em São Paulo, o Brasil, do vôlei, mostrava sua força. Com dificuldades - surpreendentes até - batia, no set desempate, a Sérvia, cheia de jovens em quadra.

A boa notícia? Nalbert voltou a ser Nalbert. Içaaa!

(Nesta hora o Dunga, em Assunção, ainda esperava o início do jogo.)

A boa nova do domingão?

Se houve alguma, se tivemos sorte suficiente de terminar o fim de semana com uma boa notícia ela seria a seguinte:

Calma, flamenguistas! Calma, santistas! O Cabanas, agora, mostrou que é bom mesmo. Vocês não perderam para qualquer um. O "bolinha" meteu gol no Dunga também!

Ah, sim! Quarta-feira, em BH, tem Brasil e Argentina.

(Agora o Dunga está almoçando.)

PS. Para quem gosta de basquete... A NBA está uma coisa. Lakers (2) e Celtics(3). Pai do Céu! Terça tem mais Kobe, e o tal monstro do Garnett.
crédito da imagem: O Globo online

sábado, 14 de junho de 2008

E agora, Goiás?

Sem a coisa da atualidade do jornalismo, mas vamos lá.

Sport versus Corinthians, quarta-feria a noite.

2 a 0 pros recifenses.

Pênalti não marcado em Acosta.

Sport campeão.

Mas tinham goianos envolvidos.

Pois sim!

Romerito, jogador do Goiás (atleta do Sport. Sejamos justos!), estava em campo, após o jogo, a comemorar o título.

E agora Goiás? Vale a pena ter um jogador com a cabeça em outro time em seu próprio elenco?

O Romerito do Sport não será igual ao Romerito do Goiás, definitivamente.

A truculência jurídica nunca compensará e/ou substituirá (!) o bom senso.

terça-feira, 10 de junho de 2008

Vamos resumir?


A polêmica referente ao gol da vitória do Cruzeiro diante do Vasco foi liquidada.

Como assim?

Pois é isso mesmo.

Dos inteligentes sempre vêm coisas boas.

Hoje pela manhã isso se confirmou uma vez mais.

Paulo Vinícus Coelho nos fez esse enorme favor e terminou, simples e sucintamente, com as discussões que ainda (!) poderia render o tal gol dos mineiros:

Licença para matar

Ok, ok,

Wilson Souza de Mendonça agiu certo ao marcar tiro livre indireto no lance de Tiago.

A regra dá a ele essa permissão.
Aliás, na regra do futebol chama-se interpretação.

Pois há duas no lance em questão.
Uma, aquela que não permite condenar o árbitro.

Ao tocar a bola com as mãos, numa bola em que ele poderia usar os pés (interpretação), Tiago renuncia a tocá-la de novo.


Daí, marca-se tiro livre indireto.


A outra:


Tiago fez a defesa em dois tempos.


Depois de escorá-la com as mãos, Tiago não joga com os pés.

Apenas segue o curso da bola até pegá-la com as mãos.


Se quisesse interpretar assim, Wílson Souza de Mendonça poderia, não poderia?


Sim, a regra dá a ele licença para matar.

Significa que não errou do ponto de vista do árbitro.


Do ponto de vista do bom senso, essa qualidade lhe faltou.



Obs. O presidente interino do time curzmaltino, "Euvírus" Miranda (boa Kajuru!), organizará um pretesto contra a arbritagem. Mais uma para a lista de palhaçadas - para não dizer mais - desse cartola ultrapassado - novamente para não dizer mais.


crédito da imagem: Rodrigo Clemente/FolhaPress


segunda-feira, 9 de junho de 2008

Quatro em um

Parte 1

Dezesseis anos depois o Flamengo volta a liderar o Campeonato Brasileiro.

Em cinco rodadas, tem o artilheiro, Marcinho (com cinco gols); o melhor ataque (com 11); e a segunda melhor defesa (sofreu apenas dois gols).

Quem diria...

Houve quem pensasse que o ano rubro-negro estaria perdido depois do vexame diante do América mexicano.

Surpreendente.

Esse ano de 2008 ainda pode dar um caldo em vermelho e preto.

Veremos.

Parte 2

Luxa e seu Palmeiras mega, super, ultra candidato ao título nacional andam mal das pernas.

O Sport, com um time de reservas em campo, deixou o Verd(ão ou inho?) a ver navios em Recife.

O mesmo Sport que tenta estragar a provável festa corinthiana, na quarta-feira, pela final da Copa do Brasil.

Série A e Libertadores, em 2009, seria algo que nem o mais fanático torcedor do Corinthians poderia prever após a tragédia do ano passado.

Parte 3

São Paulo 5, Galo 1.

Será? Será o anúncio da arrancada tricolor em 2008?

Muricy firme no cargo de novo?

As feridas nascidas da derrota para o Flu na Libertadores já cicatrizaram?

O São Paulo, por ora, é só dúvidas.

Já o Atletico-MG é, notoriamente, candidato a ficar, apenas (!), no meio da tabela.

Dá jeito nisso Gallo!

Parte 4

Quinta-feira que vem, no Palestra, e sábado, no Maracanã: Professor Luxa versus Cruzeiro e Flamengo versus São Paulo, respectivamente.

Uma rodada para responder quatro questões, justificando o título do post: a liderança permanecerá com os cariocas? O Cruzeiro tomará a frente de novo? O "grande" Luxermburgo mostrará finalmente a que veio? O São Paulo mostrarará que, realmente, está recuperado da queda diante do Fluminense?

Meras questões que, facilmente, podem ser derrubadas no final dessa semana, como também, podem ficar durante semanas e meses (!) pairando no ar.

Em negrito (e itálico!) estão as correções da data do jogo entre Palmeiras e Cruzeiro, e também entre Flamengo e São Paulo. Boa Felipão!


(atualização feita às 00:39 de terça-feria, 10 de junho)


quinta-feira, 5 de junho de 2008

Respeito sim, medo não


Impressionate o que jogou o Boca e o que não jogou o Fluminense.

E mesmo assim (!) o tricolor do Rio ficou com a vaga na final.

A capacidade de jogar fora de sua casa e a inteligência do time argentino foram de se admirar. Os cariocas, por sua vez, assustados que pareciam no início, jogavam com tamanha raça que pareciam esfomiados diante de um prato de comida.

É assim que se faz, respeito sim, medo não, nunca!

Contra um time maduro que é o Boca Juniors, se tremer na base, será batido. Isso é fato.

O Fluminense não tremeu.

A história mostra que, fora o Flu de ontem, apenas o Santos de Pelé, em 63, eliminou os boquenses em mata-mata de Libertadores.

Foi de tirar o chapéu. Cinco gols em dois jogos. Mesmo quem não é tricolor não conseguiu ficar indiferente ao feito.

Primeira final sul-americana da história do Flu. Nunca as três cores do Fluminense coloriram tanto, e tão lindamente, o futebol do Brasil.

Parabéns e sorte ao Fluminense. O Mundial e o Manchester United estão logo ali em dezembro. (Mundial? Já? Claro, é improvável que a LDU tire o caneco do Rio, ainda mais depois do Flu bater São Paulo e Boca, seguidamente.)

A sorte de campeão parece estar do lado tricolor da final.

E como não terminar qualquer texto que for tratar do jogo de ontem sem citar a inspiradíssima frase de Renato Gaúcho:

"Boca, muito prazer, Fluminense".

Quem há de contestar? O bloqueiro não se atreve.


crédito da imagem: EFE


terça-feira, 3 de junho de 2008

Complemento de luxo


Mais uma vez o Depois do Lance se coloca em seu lugar e deixa, com humildade, que os que sabem da coisa complementem o último post. Todas as discussões que se entenderam pela manhã, tarde e noite de ontem sobre o episódio de Recife ainda estão frescos na cabeça.

Deixemos que Fernando Calazans, colunista do O Globo, nos diga o que devemos saber:

"Pouca gente compreendeu o momento em que o futebol começou a deixar de ser um espetáculo, um esporte, algo construtivo e positivo - algo edificante, como deve ser o esporte - para virar uma guerra, que começou no campo, sim, no campo, e foi se estendendo para o estádio, para as torcidas organizadas ou não, para os arredores dos estádio, para as vias de acesso, para as praças, os bairros, até chegar a ser agora um caso literal de polícia, polícia mal preparada como aconteceu no Estádio dos Aflitos - e não é a última vez, nem lá nem em outros estádios.
(..)
As fisionomias e os rostos que a televisão nos mostra tão bem, tão fáceis de ver e ler. Não são fisionomias de quem está jogando com prazer, com gosto, com amor à sua profissão e à sua arte. A televisão nos mostra, a cada jogo, fisionomias de rancor, de ódio, nas reclamações contra os adversários, contra os juízes, nas simulações, nos gestos, nas atitudes, nas entradas violentas e desleais sobre um colega de profissão. Elas são a fisionomia que vimos em André Luiz, domingo, desde o início do jogo, e que não vemos só no André Luiz, mas em muitos andrés luízes espalhados por todo o Brasil..."

Dizer algo mais? Provavelmente não. Mas, ainda sim, o que devemos prestar atenção é no fato em si. Quando a polícia - não qualquer polícia, e sim a tropa de choque - entra em campo, preparada que estava para a guerra, municiada de cacetetes e escudos como se fosse enfrentar um bando de criminosos prestes a cometer uma grande barbárie, é porque algo está errado. A mensagem que se passa é justamente a que Calazans escreveu em sua coluna: "o futebol virou uma guerra anunciada, mais do que anunciada".

Detalhe importante: consta na súmula do jogo, escrita pelo árbrito Wilson Luiz Seneme, que a polícia não foi chamada para atuar na condução do jogador Andre Luis para fora do banco de reservas do Botafogo.


crédito da imagem: Futura Press