sexta-feira, 27 de junho de 2008

A primeira das boas

À frente a primeira das boas (!) rodadas desse Brasileiro.

Dos 6 primeiros na tabela, 4 se enfrentam: Cruzeiro e São Paulo, e Palmeiras e Náutico.

Flamengo e Grêmio, primeiro e segundo colocados, pegam, respectivamente, Sport (atual campeão da Copa do Brasil) e Internacional - um Gre-Nal minha gente!

No geral, jogo fácil apenas terá o Vasco - o time do Ipatinga é, no mínimo, de Série B.

De resto, jogos interessantes - até Flu e Bota terá.

Oba!

Portando e enfim, será um fim de semana em que, domingo a noite, a tabela poderá sofrer mudanças.

Palpites?

Grêmio em primeiro (vitória em casa contra um Inter atrapalhado é até provável); Flamengo em segundo (os cariocas em boa fase e o Sport em casa, por isso, um ponto para ambos); Cruzeiro em terceiro (não irá afinar pros paulistas feito o Flamengo); em quarto o Palmeiras (jogando em casa, deve botar três pontos no bolso); em quinto o surpreendente Náutico (olha os pernambucanos resistindo no G4); e em sexto o São Paulo (passará ileso, de novo, em outro confronto direto).



"Liberdade, liberdade, abre as asas sobre o Vasco!"

Erga as mãos quem nunca desdenhou do time rival.

Se ponha de pé aquele que nunca desejou o fim de seu time rival.

Pois, aqueles dotados de inteligência, ao contrário dos de cima, sabem o seguinte: ter um rival só procede - no real sentido de rivalidade - se este "oposto" a você tem forças suficientes para lhe ameaçar. Ameaçar seu posto de melhor, seu posto de ganhador, por mais oscilante que seja.

Times rivais deveriam, sempre, desejar o bem, mínimo (!), do outro. Sem um o outro não é tão grande como deveria ser, e o outro sem o um, também, se apequena.

Aos rivais do Clube de Regatas Vasco da Gama: o seu rival - o maior no caso dos rubro-negros - está para ressurgir das cinzas euricanas.

O que seria do Fla sem o Flu? O que seria do Flamengo sem o Vasco? Do Botafogo sem o Fluminense? Do Inter sem o Grêmio? Do Palmeiras sem o Corinthians? Do Galo sem o Cruzeiro?

O que seria do futebol? O que seria do futebol se houvesse Flamengo e não houvesse o Vasco?

É como acontece com os dentes! Isso mesmo.

Um dente sem seu opositor imediato, seja abaixo ou acima, tende a entrar em "crise" - faltam ao blogueiro conhecimentos dentários mais profundos.

Quem deseja o bem de seu time deve, de maneira sábia - e até mesmo racional demais! -, torcer, veladamente claro, para que o seu rival imediato não seja extinto, não seja saqueado.

Pegando carona com quem sabe falar as coisas, e o Depois do Lance nunca se cansa em se colocar em seu lugar - blog de aprendizes que é-, citemos Juca Kfouri:

"Liberdade, liberdade, abre as asas sobre o Vasco!"

(E que se complete a música antes que seja tarde.)

...e que a voz da rivalidade seja sempre a nosssa voz.

terça-feira, 24 de junho de 2008

Me dá que é meu!



Eis que o meio de semana do futebol entra em cena, novamente.



Quarta-feira, depois da boa e velha novelinha, o Fluminense tentará o inédito.

(Enquanto isso, a cidade de São Paulo acompanhará o jogo entre Bragantino e Corinthians, na TV Globo - jogo de Série B vale mais que final de Libertadores?! Culpa do "bando de loucos" que vestem branco e preto, milhões deles!)
O Flu, contra os mais de 2800 metros de altura e, também (!), contra os equatorianos da LDU, aplicará, se Nelson Rodrigues quiser - e ele há de querer, certamente -, o "me dá que é meu".
Basta ter uma equipe melhor?
Basta ser, previamente, considerado o time favorito no confronto final?
Basta ter uns dos melhores, se não o melhor, zaqueiro que atua no Brasil?
Não!
Mostrar-se superior dentros das linhas do campo é o que vale, realmente.
O próprio Flamengo e seus 4 a 2 de vantagem sobre o América mexicano estão aí para comprovar.
A vitóra vem para aqueles dotados da exata (!) noção da possibilidade do acontecimento desta mesma vitória.
O sucesso nasce da consciência e do auto-conhecimento referente às próprias qualidades e possibilidades de êxito.
Os tricolores parecem ter isso tudo em mente.
Dirá o Fluminense, gloriosamente e enfim:
- Cai fora, LDU! Me dá que é meu!
Tomara.





crédito da imagem: globoesporte.com


sábado, 21 de junho de 2008

Exemplo


Recepção do líbero Alan, levantamento de Marlon, e ataque fulminante do central Eder: ponto brasileiro!

França zero, Brasil três.

Com cara nova e com Nalbert em quadra - notícia mais que boa - a seleção de Bernardinho mostra um trabalho que, para leigos em vôlei (olha aqui a mão erguida!), é surpreendente.

Porém, surpreende cada vez menos.

Campeão de tudo o que é possível, nosso vôlei não conta com apenas uns 13, 14 bons jogadores, e sim com toda uma estrutura, desde as categorias de base, e com uma comissão técnica atenta a novos talentos.

Medalha certa nas olímpíadas!

Agora, pensemos...

Estrturação desde as categorias menores?

Trabalho sério para as olimpíadas?

Mesmo com esse belo exemplo, existem pessoas que fazem tudo às avessas.

E aí, serviu a algúem essa carapuça?


crédito da imagem: divulgação/FIVB


Obs.: Nossa "reportagem" não encontrou ninguém que quisesse dar declarações sobre a situação da seleção olímpica (?!) de futebol do Brasil.

quinta-feira, 19 de junho de 2008

Pretensão infundada



Piada, segundo o Dicionário Houaiss, é, entre outros sentidos, alguém ou algo que tem má qualidade ou é ridículo, especialmente quando demonstra uma pretensão infundada.

Desde o meio do ano de 2006, certas pessoas vêm nos contando seguidas piadas de mau gosto (!), ou, no mínimo, de gosto duvidoso.

Levante a mão quem - por uma extrema dose de consciência futebolística, e também, de amor próprio - não preferiu, seriamente (por mais que não o fizesse de fato), ir dormir a ficar vendo o jogo de ontem.

Por favor, não se acanhem.
A mão blogueira de quem voz fala está erquida, quase ao teto.

Entre bocejos e xingamentos, a seleção (a do Dunga, porque a do Brasil não joga faz tempo!) jogava - tentava, sejamos lúcidos.
Patético.

Um time, por mais não-brilhante que possa ser (condição aceitável) tem que ser, por obrigação, minimante capaz de ganhar.

Não conseguir ao menos pleitear uma vitória, essa sim é a piada.

"Alguém ou algo que tem má qualidade ou é ridículo, especialmente quando demonstra uma pretensão infundada".

Pretensão infundada. Pai do Céu!

Chegamos, enfim e infelizmente, ao fundo do poço.

O "técnico" Dunga nos fez (Opa! Ele fez sozinho) chegar ao ponto de perceber que a pretensão primeira e eterna de nosso selecionado, a vitória, é uma coisa infundada.

Basta ter olhos - por mais que semi-fechados devido ao sono incontrolável - para perceber que para o Brasil, de hoje, ganhar é preciso mudar o enredo dessa piada.

Ou melhor!

Há de chegar o dia em que o Brasil deixará, por fim e para sempre, de ser piada, e passará a ser -condição não mais que devida e obrigatória - vitoriosa.


crédito da imagem: Carolina Elustondo/globoesporte.com

Atualização às 15:25:
A "reportagem" do Depois do Lance apurou que Dunga, nesse momento, tira uma pestana. Justamente! O enredo do sonho? Será que maquina mais uma piada para nos contar? Deus queira que não.

quarta-feira, 18 de junho de 2008

A Liga dos monstros



A Liga dos monstros de 2007/2008 se encerrou.
22 anos sem nada no bolso, o Boston Celtics é campeão mais uma vez da NBA.
Quem torceu para os Lakers, simplesmente para que houvesse o sétimo e último confronto, se deu mal!
O blogueiro se inclui nessa turma.
Uma pena!
Fiquemos, por uns tempos, sem Kobe e Garnett, o tal 5 - em verde! - da foto.

PS. Hoje a noite tem Brasil contra os hermanos. E a essa hora, segundo nossa "reportagem", em mais um "furo", o Dunga tira uma soneca.
crédito da imagem: celtics.com

segunda-feira, 16 de junho de 2008

Sábado e domingo



Notícias boas e notícias, digamos, nem tão boas assim.

Assim foi o fim de semana esportivo.

Sábado, no Maracanã, o Flamengo mostrou (4 a 2 para o São Paulo), mais uma vez, que, ainda (!), não está pronto para brigar pelo título. É bem verdade que continua a ocupar a primeira posição do campeonato. Mas o gol, o segundo de Borges na partida, mostrou resquícios dos "áureos" tempos em que os rubro-negros apenas brigavam na parte de baixo da tabela.

A boa nova? Ibson voltou a jogar o que sabe, e o São Paulo, ao que parece, voltou a ser São Paulo. Ainda bem!

(Sábado? Ah! Sábado a seleção de Dunga se preparava para pegar o Paraguai.)

Lá pras sete horas, também no sádabo, o Góias se confirmou como o time a ser batido na disputa para cair (!) para a Segunda Divisão. Será difícil! O time é fraco e foi batido pelo Grêmio, 3 a 0, em Goiânia.

Boa nova? Claro! Os gaúchos só não são líderes porque perdem no saldo de gols para o Flamengo.

Em Recife, Náutico e Vasco jogaram em um gramado abaixo da crítica. Incomcebível! Salvo o gol de bicicleta dos pernambucanos e a torcida do time da casa, nada a declarar.

(Domingo de manhã, Dunga e o Brasil esperavam o Paraguai. Esperavam, esperavam...)

No Ibirapuera, em São Paulo, o Brasil, do vôlei, mostrava sua força. Com dificuldades - surpreendentes até - batia, no set desempate, a Sérvia, cheia de jovens em quadra.

A boa notícia? Nalbert voltou a ser Nalbert. Içaaa!

(Nesta hora o Dunga, em Assunção, ainda esperava o início do jogo.)

A boa nova do domingão?

Se houve alguma, se tivemos sorte suficiente de terminar o fim de semana com uma boa notícia ela seria a seguinte:

Calma, flamenguistas! Calma, santistas! O Cabanas, agora, mostrou que é bom mesmo. Vocês não perderam para qualquer um. O "bolinha" meteu gol no Dunga também!

Ah, sim! Quarta-feira, em BH, tem Brasil e Argentina.

(Agora o Dunga está almoçando.)

PS. Para quem gosta de basquete... A NBA está uma coisa. Lakers (2) e Celtics(3). Pai do Céu! Terça tem mais Kobe, e o tal monstro do Garnett.
crédito da imagem: O Globo online

sábado, 14 de junho de 2008

E agora, Goiás?

Sem a coisa da atualidade do jornalismo, mas vamos lá.

Sport versus Corinthians, quarta-feria a noite.

2 a 0 pros recifenses.

Pênalti não marcado em Acosta.

Sport campeão.

Mas tinham goianos envolvidos.

Pois sim!

Romerito, jogador do Goiás (atleta do Sport. Sejamos justos!), estava em campo, após o jogo, a comemorar o título.

E agora Goiás? Vale a pena ter um jogador com a cabeça em outro time em seu próprio elenco?

O Romerito do Sport não será igual ao Romerito do Goiás, definitivamente.

A truculência jurídica nunca compensará e/ou substituirá (!) o bom senso.

terça-feira, 10 de junho de 2008

Vamos resumir?


A polêmica referente ao gol da vitória do Cruzeiro diante do Vasco foi liquidada.

Como assim?

Pois é isso mesmo.

Dos inteligentes sempre vêm coisas boas.

Hoje pela manhã isso se confirmou uma vez mais.

Paulo Vinícus Coelho nos fez esse enorme favor e terminou, simples e sucintamente, com as discussões que ainda (!) poderia render o tal gol dos mineiros:

Licença para matar

Ok, ok,

Wilson Souza de Mendonça agiu certo ao marcar tiro livre indireto no lance de Tiago.

A regra dá a ele essa permissão.
Aliás, na regra do futebol chama-se interpretação.

Pois há duas no lance em questão.
Uma, aquela que não permite condenar o árbitro.

Ao tocar a bola com as mãos, numa bola em que ele poderia usar os pés (interpretação), Tiago renuncia a tocá-la de novo.


Daí, marca-se tiro livre indireto.


A outra:


Tiago fez a defesa em dois tempos.


Depois de escorá-la com as mãos, Tiago não joga com os pés.

Apenas segue o curso da bola até pegá-la com as mãos.


Se quisesse interpretar assim, Wílson Souza de Mendonça poderia, não poderia?


Sim, a regra dá a ele licença para matar.

Significa que não errou do ponto de vista do árbitro.


Do ponto de vista do bom senso, essa qualidade lhe faltou.



Obs. O presidente interino do time curzmaltino, "Euvírus" Miranda (boa Kajuru!), organizará um pretesto contra a arbritagem. Mais uma para a lista de palhaçadas - para não dizer mais - desse cartola ultrapassado - novamente para não dizer mais.


crédito da imagem: Rodrigo Clemente/FolhaPress


segunda-feira, 9 de junho de 2008

Quatro em um

Parte 1

Dezesseis anos depois o Flamengo volta a liderar o Campeonato Brasileiro.

Em cinco rodadas, tem o artilheiro, Marcinho (com cinco gols); o melhor ataque (com 11); e a segunda melhor defesa (sofreu apenas dois gols).

Quem diria...

Houve quem pensasse que o ano rubro-negro estaria perdido depois do vexame diante do América mexicano.

Surpreendente.

Esse ano de 2008 ainda pode dar um caldo em vermelho e preto.

Veremos.

Parte 2

Luxa e seu Palmeiras mega, super, ultra candidato ao título nacional andam mal das pernas.

O Sport, com um time de reservas em campo, deixou o Verd(ão ou inho?) a ver navios em Recife.

O mesmo Sport que tenta estragar a provável festa corinthiana, na quarta-feira, pela final da Copa do Brasil.

Série A e Libertadores, em 2009, seria algo que nem o mais fanático torcedor do Corinthians poderia prever após a tragédia do ano passado.

Parte 3

São Paulo 5, Galo 1.

Será? Será o anúncio da arrancada tricolor em 2008?

Muricy firme no cargo de novo?

As feridas nascidas da derrota para o Flu na Libertadores já cicatrizaram?

O São Paulo, por ora, é só dúvidas.

Já o Atletico-MG é, notoriamente, candidato a ficar, apenas (!), no meio da tabela.

Dá jeito nisso Gallo!

Parte 4

Quinta-feira que vem, no Palestra, e sábado, no Maracanã: Professor Luxa versus Cruzeiro e Flamengo versus São Paulo, respectivamente.

Uma rodada para responder quatro questões, justificando o título do post: a liderança permanecerá com os cariocas? O Cruzeiro tomará a frente de novo? O "grande" Luxermburgo mostrará finalmente a que veio? O São Paulo mostrarará que, realmente, está recuperado da queda diante do Fluminense?

Meras questões que, facilmente, podem ser derrubadas no final dessa semana, como também, podem ficar durante semanas e meses (!) pairando no ar.

Em negrito (e itálico!) estão as correções da data do jogo entre Palmeiras e Cruzeiro, e também entre Flamengo e São Paulo. Boa Felipão!


(atualização feita às 00:39 de terça-feria, 10 de junho)


quinta-feira, 5 de junho de 2008

Respeito sim, medo não


Impressionate o que jogou o Boca e o que não jogou o Fluminense.

E mesmo assim (!) o tricolor do Rio ficou com a vaga na final.

A capacidade de jogar fora de sua casa e a inteligência do time argentino foram de se admirar. Os cariocas, por sua vez, assustados que pareciam no início, jogavam com tamanha raça que pareciam esfomiados diante de um prato de comida.

É assim que se faz, respeito sim, medo não, nunca!

Contra um time maduro que é o Boca Juniors, se tremer na base, será batido. Isso é fato.

O Fluminense não tremeu.

A história mostra que, fora o Flu de ontem, apenas o Santos de Pelé, em 63, eliminou os boquenses em mata-mata de Libertadores.

Foi de tirar o chapéu. Cinco gols em dois jogos. Mesmo quem não é tricolor não conseguiu ficar indiferente ao feito.

Primeira final sul-americana da história do Flu. Nunca as três cores do Fluminense coloriram tanto, e tão lindamente, o futebol do Brasil.

Parabéns e sorte ao Fluminense. O Mundial e o Manchester United estão logo ali em dezembro. (Mundial? Já? Claro, é improvável que a LDU tire o caneco do Rio, ainda mais depois do Flu bater São Paulo e Boca, seguidamente.)

A sorte de campeão parece estar do lado tricolor da final.

E como não terminar qualquer texto que for tratar do jogo de ontem sem citar a inspiradíssima frase de Renato Gaúcho:

"Boca, muito prazer, Fluminense".

Quem há de contestar? O bloqueiro não se atreve.


crédito da imagem: EFE


terça-feira, 3 de junho de 2008

Complemento de luxo


Mais uma vez o Depois do Lance se coloca em seu lugar e deixa, com humildade, que os que sabem da coisa complementem o último post. Todas as discussões que se entenderam pela manhã, tarde e noite de ontem sobre o episódio de Recife ainda estão frescos na cabeça.

Deixemos que Fernando Calazans, colunista do O Globo, nos diga o que devemos saber:

"Pouca gente compreendeu o momento em que o futebol começou a deixar de ser um espetáculo, um esporte, algo construtivo e positivo - algo edificante, como deve ser o esporte - para virar uma guerra, que começou no campo, sim, no campo, e foi se estendendo para o estádio, para as torcidas organizadas ou não, para os arredores dos estádio, para as vias de acesso, para as praças, os bairros, até chegar a ser agora um caso literal de polícia, polícia mal preparada como aconteceu no Estádio dos Aflitos - e não é a última vez, nem lá nem em outros estádios.
(..)
As fisionomias e os rostos que a televisão nos mostra tão bem, tão fáceis de ver e ler. Não são fisionomias de quem está jogando com prazer, com gosto, com amor à sua profissão e à sua arte. A televisão nos mostra, a cada jogo, fisionomias de rancor, de ódio, nas reclamações contra os adversários, contra os juízes, nas simulações, nos gestos, nas atitudes, nas entradas violentas e desleais sobre um colega de profissão. Elas são a fisionomia que vimos em André Luiz, domingo, desde o início do jogo, e que não vemos só no André Luiz, mas em muitos andrés luízes espalhados por todo o Brasil..."

Dizer algo mais? Provavelmente não. Mas, ainda sim, o que devemos prestar atenção é no fato em si. Quando a polícia - não qualquer polícia, e sim a tropa de choque - entra em campo, preparada que estava para a guerra, municiada de cacetetes e escudos como se fosse enfrentar um bando de criminosos prestes a cometer uma grande barbárie, é porque algo está errado. A mensagem que se passa é justamente a que Calazans escreveu em sua coluna: "o futebol virou uma guerra anunciada, mais do que anunciada".

Detalhe importante: consta na súmula do jogo, escrita pelo árbrito Wilson Luiz Seneme, que a polícia não foi chamada para atuar na condução do jogador Andre Luis para fora do banco de reservas do Botafogo.


crédito da imagem: Futura Press


segunda-feira, 2 de junho de 2008

Brincadeira do certo ou errado

André Luis, do Botafogo, foi bem expulso em jogo contra o Náutico, neste domingo. Certo ou errado?

Fazer gestos obscenos para a torcida. Certo ou errado?

Pedir para não ser tocado pelos policiais que o conduzem para fora do campo de jogo. Certo ou errado?

Dar voz de prisão a um jogador de futebol em pleno campo de jogo. Certo ou errado?

Atiçar, ainda mais (!), os ânimos levando em conta que o seu dever é manter a ordem. Certo ou errado?

Chutar a porta do vertiário, simplesmente porque ela está trancada. Certo ou errado?

Deixar a porta dos vestiários dos visitantes (!) trancada. Certo ou errado?

Um policial, com o dedo em riste, ameaçar o volante Diguinho do Botafogo. Certo ou errado?

O narrador e o comentarista da partida dizerem: "é tropa de choque, meu amigo. Não pode entrar em conflito", e "está no sangue do policial, ele irá agir com violência mesmo". Isso está certo ou errado?

As respostas vão de acordo com o que cada um acha, simples opiniões que fogem do mundo esportivo.

Mas como o Depois do Lance lida apenas com esporte, atenhamo-nos, simplesmente, para a primeira pergunta: o zaqueiro do Botafogo André Luis foi bem expulso?

Eis a pior das notícias: só se falará sobre a confusão entre a Troque de Choque pernambucana e André Luis, e não sobre a expulsão do jogador.

Antes debater sobre a arbitragem - por mais chata que seja essa discussão - do que ficar se atendo à questões não-esportivas.

Quem perde somos nós, adoradores do bom espetáculo.

Pena!



domingo, 1 de junho de 2008

Notícia relâmpago

Rapidinho!

Os 9s74 de Asafa Powell ficaram pra trás.

Agora, o homem mais rápido do planeta é o também jamaicano Usain Bolt.

9s72 nos 100 metros rasos.

Foi no Grand Prix de Nova Iorque, ontem à noite.

Post rápido, rápido, tal qual esses loucos heróis.

Ufa, chegou!

crédito da imagem: Reuters


"Quero ser o primeiro Michael Phelps"


Não basta saber que é o melhor, tem que ser, efetivamente, o melhor.

Essa é a mensagem que o nadador americano Michael Phelps deixou em uma entrevista dada a um canal de TV a cabo.

Phelps, com rara honestidade, fala que o que importa para conseguir os resultados são seus treinamentos e sua concentração. Os adversários serão batidos naturalmente se ele seguir com a sua rotina.

Máscara? Pode ser.

O americano, em certo ponto da entrevista, esquece o nome de seu rival (ou aspirante a rival?) nos 200m borboleta Kaio Márcio. Cita, também, Thiago Pereira como suposta pedra em seu caminho.

Mas pensemos: será que têm os nadadores brasileiros condições de bater esse fenômeno das piscinas? De superar o dono de oito medalhas em Atenas, 2004, sendo seis de ouro?

Outro ponto que chama atenção em Phelps é a naturalidade com que ele lida com a pressão que existe em cima de seu rendimento.

Para Michael Phelps tudo é muito natural. O curso que sua carreira toma, dia a dia, parece ser, para ele, pura e simplesmente, nada diferente de seu destino.

Michael Phelps soa, para ouvidos leigos como os desse blogueiro, como uma barreira intransponível, uma flecha das águas cuja velocidade e conhecimento de si a tornam tão sublime, tão soberana que, simplesmente - e que Thiago, Kaio e companhia não tomem isso como demérito -, resta aos demais aceitar sua condição, por ora (!), de coadjuvantes.

Micheal Phelps, por fim, quando comparado a seu compatriota Mark Sptiz (8 ouros em uma mesma Olimpíada), diz com toda naturalidade:

- Não quero ser um segundo Mark Spitz, quero ser o primeiro Michael Phelps.

Alguém duvida? O blogueiro não ousa.

crédito da imagem: Reuters