
Viveremos uma semana juntos, eu e o Pound. Não o leio como um romance, consulto. Farei dele um manual durante sete dias. Desde os testes, exercícios, das indicações poéticas, tudo... Passarei os olhos apenas, não o lerei como um romance, consultarei.
É daqueles livros-anões que dizem muito. Denso e sedimentado. Eu e Pound travaremos batalhas a cada página. De que isso trata, afinal? O cara é louco? Esse Pound é bom mesmo. Livro obrigatório, sem dúvida. O título diz Abc da Literatura, coisa pouca não há de ser. Mas e essa coisa de dar testes, se dirigir tanto ao aluno como ao professor? De classificar os tipos de escritores, cheio de juízo de valor, de opiniões? Estranho, coisa de nariz empinado. Petulância de autor. Mas o Pound é bom, já dizia a mestrinha. Travaremos batalhas a cada linha.
As referências, as sedimentações, as indicações são profundas demais. Mas... e se não forem? E se forem rasas, superficiais simplesmente por estarem em um Abc disso ou daquilo, e não em um tratado filosófico/etico/retórico completo sobre algo? Nada disso, a profundidade é imensa. Opa, se é! E isso é o pior e o melhor dessa prosa toda: saber que Ezra Pound está a milhas de você e que, mesmo assim, posso travar batalhas com ele, página à página. Sorte a minha.
Um comentário:
Desandou a postar heim cara. Nao conhecia esse livro não. Vou dar uma olhada nele na biblioteca.
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