sábado, 11 de abril de 2009

Da origem das merdas da vida e Do fim da vida de merda

Alerta: conteúdo nada sedimentado, que pra nada serve, sem gancho, sem motivo, espirrado no teclado. "Leave now and never come back", já dizia o sábio Sméagol. Para o bem da sua sanidade: vá e não volte.

Texto de Carlos Simplício

Tudo vem da sacanagem. E no final, a vida termina ou em uma melancólica despedida ou, claro, em uma sacanagem maior ainda. Essa coisa de que tudo vira pó é balela. Tudo vira sacanagem ou se finda no momento de uma despedida pálida, de um cinza bem feio.

Um tapa na cara, uma cuspida no meio do peito, um vômito grosso no chão. E daí? Tudo veio da sacanagem. Porque a sujeira iria macular a sacanagem, se ela é uma merda mesmo. Não há o que macular. Que estapeie, que cuspa, que vomite, ora! E daí?

A vida é uma linha temporal em que nos inserimos, série de eventos que vivemos, amontoado de lembranças e esperanças? E se a vida for uma bela merda, como fica?

De onde vêm as coisas, as merdas, as sujeiras e a sacanagem, lugar onde tudo termina, fora uma despedida patética?

Vêm de um genezinho mínimo invisível? Vêm da cegonha? Vêm do divino Espírito Santo? Vêm da barriga da mamãe? Vêm de onde, afinal de contas?

De onde vem a vida? De onde vem a merda, que sempre acaba ou na sacanagem ou em um tchauzinho sem graça?

Ora, e daí? Esqueçam tudo. De que importa isso, se no fim viraremos todos pó, resultados de uma grande orgia?

Que não se negue! Não é balela coisa alguma: findaremos todos em poeira, definitivamente.

Cacete, que sacanagem!


Palavras & Arranjos III

** À parte o texto do Carlinhos, novo colaborador do blog, vamos relaxar os ouvidos. Norah Jones com "Sunrise". Consigo dormir, fones nos ouvidos com ela cantando, à época, em pleno verão paulistano, dentro de um ônibus daqueles que você olha e pensa em desistir de fazer sinal.




** Como hoje não há livro, vamos à mais música. A dica dessa vez é um dos meus prediletos. Opa, se é! Tomem aí Dave Matthews, campeões. "Where are you going" ao vivo. Dá vontade de sorrir quando ouço essa música. Vai saber...


Um comentário:

Quase Gol disse...

Querido Carlos Simplício, como assessor do poeta e dramaturgo, seu homônimo Carlos Nunes Jr, recomendo a leitura de Dalton Trevisan para reflexões posteriores a esta sua.